Foto: Edilzon Gomez/Getty Images
Gonzalo Himiob, vice-presidente da ONG Foro Penal, afirmou em entrevista à CNN que a Venezuela está passando por uma repressão sem precedentes, com uma grave escalada nas detenções arbitrárias em todo o país. De acordo com Himiob, mais de 1.000 pessoas foram presas desde o final de julho, incluindo pelo menos 100 adolescentes e várias pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade.
Himiob destacou que, além de manifestantes pacíficos, pessoas que nem sequer participaram dos protestos também estão sendo alvos da repressão. Ele denunciou que os direitos de defesa dos detidos estão sendo violados, com muitos sendo impedidos de escolher seus próprios advogados e tendo defensores públicos impostos pelo Estado. Além disso, as audiências estão sendo realizadas em centros de detenção sem a presença dos juízes, limitando o devido acompanhamento dos casos.
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A ONG Foro Penal relatou que as prisões ocorreram em todos os 23 estados da Venezuela, com os maiores números registrados em Caracas e nos estados de Carabobo e Anzoátegui. Segundo Himiob, o Ministério Público venezuelano tem acusado os detidos de crimes graves, como terrorismo, sem iniciar investigações adequadas.
O presidente Nicolás Maduro confirmou nesta terça-feira (6/8) que 2.229 pessoas foram presas desde o início dos protestos pós-eleitorais em 29 de julho. Maduro descreveu os detidos como “terroristas” que, segundo ele, estão sendo incitados pelo principal candidato da oposição, Edmundo González, e pela líder oposicionista María Corina Machado.
Redação AM POST
