- Foto: reprodução/Pngtree
Notícias do Mundo – A Venezuela está supostamente envolvida em um esquema internacional de fraude comercial para driblar sanções e exportar petróleo de forma clandestina, segundo revelou o colunista Pedro Gil, da revista Veja. Empresas venezuelanas estariam manipulando a origem de seus embarques de petróleo, recorrendo a práticas ilegais como o spoofing — técnica que adultera sinais de localização de navios — e a transferência do óleo bruto de uma embarcação para outra em alto-mar. O objetivo: camuflar a verdadeira origem da carga e facilitar sua entrada no mercado asiático, especialmente na China.
A estratégia também inclui a utilização do Brasil como um dos países “de fachada” para rotular falsamente o petróleo como sendo de origem brasileira. De acordo com a agência Reuters, mais de 1 bilhão de dólares em petróleo venezuelano já foi rebatizado com origem brasileira, o que permitiu às empresas envolvidas não só escapar de barreiras fiscais e aduaneiras como também obter acesso a linhas de crédito internacionais mais vantajosas.
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O caso mais grave, segundo especialistas, é que essa prática compromete diretamente o sistema global de comércio, minando a confiança em certificações de origem e expondo países como o Brasil a sanções ou retaliações.
Além dos prejuízos financeiros e reputacionais, o uso do spoofing representa um risco para a segurança marítima. Ao mascarar a localização dos navios, torna-se praticamente impossível monitorar as rotas, o que dificulta fiscalizações e ações de autoridades internacionais.
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O escândalo reforça o isolamento político da Venezuela e agrava sua imagem diante da comunidade internacional. Embora o governo venezuelano não tenha se pronunciado oficialmente, cresce a pressão por investigações rigorosas, inclusive por parte do Brasil, cujo nome foi indevidamente utilizado no esquema.