Uma mulher de 64 anos estava se preparando para lavar a louça em sua casa nos arredores de Bangkok, na Tailândia, quando sentiu uma dor aguda na coxa, olhou para baixo e viu uma enorme píton a segurando. “Eu estava prestes a pegar um pouco de água e, quando me sentei, ela me mordeu imediatamente”, disse Arom Arunroj ao jornal tailandês Thairath.
“Quando olhei, vi a cobra se enrolando em mim.” A píton, de quatro a cinco metros de comprimento, enrolou-se ao redor de seu torso, apertando-a no chão da cozinha. “Eu a agarrei pela cabeça, mas ela não me soltava”, disse Arom. “Ela apenas apertava mais.”
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Pítons são constritoras não venenosas, que matam suas presas gradualmente ao apertar até sufocá-las. Encostada contra a porta da cozinha, Arom gritou por socorro, mas só foi quando um vizinho passou por perto cerca de uma hora e meia depois e ouviu seus gritos que as autoridades foram chamadas.
O policial Anusorn Wongmalee disse à Associated Press na quinta-feira, 19, que, ao chegar, a mulher ainda estava encostada na porta, parecendo exausta e pálida, com a cobra enrolada em seu corpo. Policiais e agentes de controle animal usaram um pé de cabra para bater na cabeça da cobra até que ela soltasse Arom e deslizasse para longe, antes de ser capturada.
No total, Arom passou cerca de duas horas na noite de terça-feira, 17, dominada pela píton antes de ser libertada. Ela foi tratada para várias mordidas, mas aparentava estar ilesa em vídeos dela conversando com a mídia tailandesa logo após o incidente.
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Encontros com cobras não são incomuns na Tailândia, e no ano passado 26 pessoas foram mortas por mordidas de cobras venenosas, de acordo com estatísticas do governo. Um total de 12 mil pessoas foram tratadas por mordidas de cobras e outros animais em 2023.
A píton reticulada é a maior cobra encontrada na Tailândia e geralmente varia de 1,5 metros a 6,5 metros de comprimento, pesando até cerca de 75 quilos. Já foram encontradas pítons com até 10 metros de comprimento e 130 quilos. As pítons menores se alimentam de pequenos mamíferos, como ratos, mas as maiores passam a caçar presas como porcos, veados e até cães e gatos domésticos. Ataques a humanos são raros, mas ocasionalmente ocorrem.