María Oropeza, chefe regional de campanha de María Corina Machado, foi presa na noite de terça-feira (6) em Caracas por agentes do regime do presidente Nicolás Maduro. A notícia foi divulgada pela própria líder oposicionista por meio da rede X, gerando uma onda de protestos e preocupações sobre a situação de direitos humanos na Venezuela.
María Corina Machado, uma das principais vozes de oposição ao governo de Maduro, utilizou a rede social para denunciar a prisão de Oropeza, chamando-a de “jovem extraordinariamente corajosa, inteligente e generosa”. Segundo Machado, Oropeza estava realizando um trabalho notável como coordenadora do Comando ConVzla em Portuguesa, promovendo a organização e união dos cidadãos em seu estado.
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“Peço aos moradores de Guanare que se dirijam à avenida 17 com a rua 8, onde os responsáveis do regime pretendem prender María Oropeza. Eles a sequestraram. Peço a todos, dentro e fora da Venezuela, que exijam sua liberdade imediata,” escreveu Machado, ressaltando a gravidade da situação.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que agentes invadem o local onde Oropeza estava, evidenciando a força utilizada na prisão.
O perfil de direitos humanos do partido Vente Venezuela também se pronunciou, afirmando que María Oropeza foi detida à força e sem ordem judicial pelos funcionários da DGCIM, a Direção Geral de Contra-Inteligência Militar. “Alertamos a comunidade internacional sobre essa situação. O regime é responsável por sua integridade física,” destacou o partido.
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Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou a prisão de Oropeza como parte de uma série de repressões políticas realizadas pelo governo de Maduro. “A prisão de María Oropeza soma-se às denúncias de crimes contra a humanidade pelo regime de Maduro, com mais de mil detenções resultantes de perseguições políticas. Essa irracionalidade repressiva deve ser interrompida agora,” afirmou Almagro.
A detenção de María Oropeza ocorre em um momento de crescente tensão política na Venezuela. Em 1º de agosto, o presidente Nicolás Maduro anunciou a prisão de mais de 1.200 pessoas após os protestos contra as eleições de 28 de julho, com a promessa de prender ainda mais cidadãos. A repressão intensificada reflete a crescente crise política e social no país, e a comunidade internacional está cada vez mais atenta às ações do regime de Maduro.
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Anúncio da prisão foi feito nesta terça-feira (6/8), na rede X de María Corina, líder oposicionista venezuelana
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— Metrópoles (@Metropoles) August 7, 2024
Redação AM POST