Notícias do Mundo – Um grupo de prefeitos brasileiros que está em missão oficial em Israel vive momentos de tensão em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), relatou que a comitiva está confinada em um bunker de um hotel em Tel Aviv, sem previsão para deixar o local.

“É uma sensação de não saber o que irá ocorrer”, declarou Lucena à imprensa brasileira, explicando que os hóspedes recebem alertas por mensagem de texto informando o momento de evacuar os quartos e buscar abrigo. “Todo mundo sai do quarto o mais rápido possível, direto para o bunker. É desesperador”, afirmou.

Segundo Lucena, assim que os riscos de bombardeio diminuem, os hóspedes retornam aos quartos — mas a tranquilidade dura pouco. “É muito estressante, porque você acaba de sair do bunker e, quando chega ao quarto, já tem que voltar”, explicou.

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A missão brasileira em Israel conta com cerca de oito prefeitos, além de vice-prefeitos e secretários municipais. Eles estavam no país a convite do governo israelense para conhecer de perto o sistema de segurança pública local, mas acabaram surpreendidos pela intensificação dos ataques iranianos em retaliação à ofensiva israelense contra instalações nucleares do Irã.

Resgate ainda sem previsão
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio do Itamaraty, já foi acionado para providenciar o resgate da comitiva brasileira. No entanto, até o momento, não há data definida para o retorno do grupo ao país. O governo brasileiro acompanha a situação e avalia rotas seguras de evacuação.

Apesar da tensão, Lucena afirma que, por enquanto, não há falta de água ou alimentos no hotel onde estão hospedados. Ainda assim, o clima é de incerteza e medo, agravado pelo som de sirenes e explosões nos arredores.

A permanência de autoridades brasileiras em uma zona de conflito internacional amplia a preocupação sobre os impactos diplomáticos e humanitários do confronto em curso no Oriente Médio.