Redação AM POST
Os delegados Charles Araújo, Marna de Miranda e Marília Campelo, titular e adjuntos, respectivamente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) foram afastados dos respectivos cargos na especializada nessa quinta-feira (21).
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Os nomes dos substitutos e o destino de Charles, Marna e Marília ainda não foram divulgados. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), até o fechamento desta matéria não se pronunciou sobre o assunto.
Em nota o Sindicato dos Funcionários da Policia Civil Do Estado do Amazonas (Sinpol-AM) disse que “recebeu com estranheza a notícia relativa à retirada repentina, sumária e imotivada dos delegados curiosamente terem conseguido a decisão judicial que prorrogou a prisão de dois empresários muito ricos de uma rede de Supermercado do Amazonas”. O texto se refere ao casal de empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire que foi preso por envolvimento na morte do sargento do Exército Lucas Ramon.
“Este Sindicato, na condição de legítimo guardião da classe Policial Civil do Estado do Amazonas, jamais coadunará com qualquer ato de gestão que tenha nítido caráter de perseguição aos servidores, sobretudo, àqueles que sem a mínima condição estrutural e de pessoal, tem desenvolvido um trabalho hercúleo e evidenciado um elevado espírito público no atendimento à população amazonense. Portanto, mostra-se inconcebível que Delegados comprometidos, operacionais, competentes e que desempenham as suas funções com maestria, sejam punidos em virtude da publicidade dada pela imprensa ao eficiente trabalho por eles desenvolvido, pois são incontestes face as inúmeras operações que deflagraram por aquela Especializada, assim como, pelos vários os casos complexos elucidados”, diz trecho da nota do Sinpol.
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O governador Wilson Lima disse em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (22), que a mudança dos delegados não tem relação com o andamento das investigações do crime envolvendo o casal dono do grupo Vitória Supermercados e que a Delegacia Geral, tem autonomia para mover equipes.
“Essa é uma questão tratada pela nossa Delegacia Geral e pelas nossas forças de segurança e eles têm autonomia para adotar essas políticas para fazer as alterações que eles acham necessárias”, explicou o mandatário.
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A delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz Carvalho Moreira, também comentou a situação. Segundo a delegada, a mudança “é uma questão de oxigenação e tentativa de otimizar procedimentos”.