O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior organização criminosa do Brasil, enfrenta uma das maiores crises internas de sua história. O rompimento entre Marcola, líder máximo da facção, e seus antigos aliados trouxe à tona disputas pelo controle da organização. Entre os principais envolvidos está Anderson Manzino, o Gordo, apontado como braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, antigo aliado de Marcola.
Preso por crimes como roubo a banco e homicídio, Gordo manteve suas atividades criminosas de dentro da prisão, utilizando cartas para se comunicar com líderes do PCC e movimentar bilhões. As correspondências vazadas mostram seu esforço para garantir a própria segurança após o racha entre Marcola e outros membros históricos da facção.
PUBLICIDADE
Um dos principais destinatários dessas cartas foi Décio Gouveia Luís, o Português, que, segundo a polícia, é cotado como possível sucessor de Marcola. Português, detido em 2019 e atualmente foragido, está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 20,9 milhões, e continua sendo alvo de investigações.
Outro líder com quem Gordo se comunicou foi Patric Velinton Salomão, o Forjado, identificado como o principal chefão do PCC nas ruas. Além de comandar o tráfico de drogas, Forjado é suspeito de planejar atentados contra figuras públicas como o senador Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
A crise no PCC se intensificou após Marcola decretar a morte de antigos aliados, como Andinho e Roberto Soriano, o Tiriça. Para se proteger, Gordo foi transferido para outra penitenciária, de onde continua enviando cartas para buscar apoio e manter seus negócios criminosos.
PUBLICIDADE
Redação AM POST