Notícias do Amazonas – A Operação Waki, realizada na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, no Amaoznas resultou na desativação de 54 dragas, 53 motores estacionários, 43 embarcações e 13 rebocadores, em um esforço para combater o garimpo ilegal na região. Além disso, mais de 66 mil litros de óleo diesel e 7,6 mil litros de gasolina foram inutilizados, junto com a apreensão de 30 motosserras, 28 motores de popa e 16 armas de fogo, evidenciando a gravidade da atividade criminosa.
Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalharam em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na operação, que abrangeu 54 alvos em 11 rios e diversas igarapés. O garimpo ilegal, frequentemente realizado com dragas e balsas, causa contaminação e assoreamento, afetando os cursos d’água e áreas de preservação, além de impactar a subsistência das comunidades indígenas e ribeirinhas.
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A ação interrompeu a logística da atividade de garimpo, cessando danos ambientais e garantindo a sobrevivência dos povos indígenas da região. Essa operação é parte do Plano de Proteção Territorial do Vale do Javari, destacando a importância do combate à exploração ilegal.
O nome “Operação Waki” é uma homenagem a Pedro Waki, filho do indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho de 2022 na TI, reforçando a relevância da proteção dos direitos dos povos indígenas. A operação não apenas visa proteger o meio ambiente, mas também preservar a cultura e a vida das comunidades locais.
A TI Vale do Javari é o segundo maior território indígena do Brasil, com aproximadamente 8,5 milhões de hectares, situado na fronteira com o Peru. É habitada por diversas etnias, incluindo os Kanamari, Kulina Pano, Marubo, Matis, Mayoruna, Tyohom Dyapá e Korubo, sendo este último considerado de recente contato.
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Redação AM POST