- Foto: Reprodução
Os Estados Unidos executaram, nesta terça-feira (3), a primeira prisioneira transgênero condenada à morte no país. Amber McLaughlin tinha 49 anos e havia recebido a sentença após perseguir, estuprar e matar a facadas uma ex-namorada.
– Sinto muito pelo que fiz. Eu sou uma pessoa amorosa e carinhosa – foram as últimas palavras escritas de McLaughlin, de acordo com informações do portal G1.
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A defesa da detenta chegou a apresentar um pedido de clemência, alegando uma infância repleta de traumas, problemas de saúde mental, depressão, tentativas de suicídio e conflitos emocionais gerados pela disforia de gênero. Entretanto, o governador republicano Mike Parson recusou o pedido do advogado, Larry Komp.
– McLaughlin aterrorizou a sra. Guenther nos últimos anos de sua vida, mas esperamos que sua família e entes queridos possam finalmente ter um pouco de paz – declarou Parson para justificar a decisão.
Amber namorou Beverly Guenther antes de passar pela transição para o gênero feminino, à época em que ainda se chamava Scott McLaughlin. O crime ocorreu em 20 de novembro de 2003, e o corpo da vítima foi encontrado dentro do Rio Mississippi, na cidade de St. Louis.
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A condenação contra McLaughlin em primeira instância ocorreu no ano de 2006, tendo sido sentenciada à morte em 2021. Ela passou pela transição de gênero três anos atrás na prisão de Potosi.
No momento em que Amber recebia a injeção letal, ela chegou a mencionar umas palavras para um conselheiro espiritual. Ela deu um suspiro e fechou os olhos, sendo declarada morta minutos em seguida.
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Desde 1970, quando a pena de morte foi legalizada nos EUA, 1.558 pessoas foram executadas no país. Todas eram homens, com exceção de 17. Amber foi o primeiro caso de prisioneira transgênero a ser executada. Ao todo, há 3.200 detentos trans nos EUA, segundo dados do Escritório de Estatísticas da Justiça dos EUA.
Fonte: Pleno.News