O plano de integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra rivais da Família do Norte (FDN) foi revelado em gravações de 6h de duração divulgadas pelo programa Cidade Alerta da Record TV.
Segundo o promotor Hélio Junqueira de Carvalho Neto, Frank “vinha desempenhando à distância importante função na expansão do PCC no estado do Amazonas, tratando diariamente com outros inúmeros integrantes da organização, inclusive sobre ações contra membros de facções rivais”.
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A denúncia foi apresentada em 25 de setembro deste ano juntamente com os promotores Silvio de Cillo Leite Loubeh e Vinicius Rodrigues França.
De acordo com ela, “a atuação criminosa de Franklin ficou muito bem evidenciada pela análise do conteúdo do aparelho celular com ele apreendido quando de sua prisão, visto que praticamente todos os inúmeros contatos mantidos por ele no Whatsapp envolvem questões relacionadas ao PCC”.
De Cubatão para Manaus
Com autorização da Justiça, o celular de Frank foi grampeado. Em uma ligação em conferência no em 1º de junho deste ano, ele e outros integrantes do PCC falaram sobre o remanejamento de criminosos da facção na Baixada.
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Na conversa, segundo a denúncia, Frank confirmou sua função de “Cadastro da Baixada Santista” e informou seu código no PCC (3579) e outra linha telefônica de seu uso, com o DDD 13, do litoral paulista.
Em 30 de junho, ele confirmou sua progressão na hierarquia do PCC, segundo o MP. Frank perguntou para seu interlocutor, identificado como Bozo, em uma ligação, se “a favela estava tranquila” e questionou sobre o “mapeamento dos lixos” e sobre “colocar em prática essa situação”. Segundo o MP, a conversa se referia a futuros atentados contra integrantes de facções rivais ao PCC no Norte.
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Em 28 de julho deste ano, Frank também conversou por telefone sobre um possível homicídio de um integrante do Comando Vermelho em Manaus. Seu interlocutor confirmou que um integrante do PCC “acabou de matar uma pessoa e está escondido”
Além disso, em outras ligações, com outros integrantes do PCC, Frank “tratou da expansão do grupo no estado do Amazonas com o cadastro de novos membros, inclusive participando de vários ‘batismos'”, acusa a Promotoria.
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Fonte: Em Tempo