Gabriel Lima de Almeida foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de sua ex-companheira, Luzivânia Araújo Freitas. A decisão foi proferida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e Auditoria Militar, na última terça-feira (5), e assinada pelo juiz Alesson José Santos Braz.
O crime, ocorrido em maio do ano passado, chocou a comunidade devido à sua brutalidade e ao fato de ter sido cometido na presença das filhas pequenas da vítima.
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O tribunal aplicou três qualificadoras ao caso: o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe — caracterizado como moralmente reprovável e desprezível — e feminicídio, que envolve violência doméstica e menosprezo à condição de mulher.
Além da pena de reclusão, Gabriel também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo, que ele mantinha sem autorização. Como parte da sentença, ele será transferido para a ala de presos sentenciados, onde cumprirá a pena em regime inicialmente fechado.
Entenda o caso
O crime ocorreu na Rua 20 de Julho, no bairro Plácido de Castro, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco. Luzivânia Araújo estava deitada na cama com as duas filhas, de 7 e 4 anos, quando Gabriel entrou na casa e atirou duas vezes contra seu rosto. As crianças presenciaram o assassinato brutal da mãe, um trauma que marcou profundamente a família.
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A mãe de Luzivânia, Maria da Liberdade Araújo, relatou que a filha enfrentava um processo de separação e que, embora tivesse pensado em denunciar as ameaças do ex-companheiro, desistiu após pedido dele. E
la contou que Gabriel, inconformado com a separação, já vinha ameaçando Luzivânia há algum tempo e, dias antes do crime, chegou a ir armado ao local de trabalho da vítima. Segundo Maria, ele teria agido motivado por ciúmes e vingança após receber rumores de uma possível traição.