Um homem de 19 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso nesta quarta-feira (30) suspeito de cometer estupro de vulnerável, importunação sexual e armazenamento de pornografia infantil contra mais de 13 meninos, entre crianças e adolescentes.
Segundo informações da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), o suspeito cooptava as vítimas por meio de jogos de futebol em um condomínio, e em outros lugares de Manaus, e se aproveitava desta proximidade para abusar sexualmente delas. Além disso, ele solicitava fotos íntimas das vítimas e oferecia pagamentos pelas mídias.
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A delegada Juliana Tuma, titular da DEPCA, revelou em coletiva de imprensa detalhes perturbadores sobre o caso. De acordo com as investigações, o suspeito aproveitava a proximidade e a confiança conquistada no ambiente esportivo para manipular e abusar dos garotos. O suspeito também teria solicitado fotos íntimas das vítimas, oferecendo dinheiro em troca dessas imagens.
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“Ele já era investigado há aproximadamente dois meses, quando recebemos a denúncia de uma pessoa que participava do time de futebol organizado por ele. Essa pessoa notou o comportamento inadequado do suspeito e nos trouxe informações importantes. Ele se aproveitava da confiança das vítimas para, inicialmente, iniciar conversas com teor abusivo, normalizando falas inadequadas e, aos poucos, tentando conquistar a confiança não só das crianças, mas também das famílias. Em alguns casos, ele chegou a dormir na casa de algumas vítimas”, declarou a delegada.
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Polícia prende suspeito de cometer crimes sexuais contra mais de 13 vítimas, entre crianças e adolescentes, em Manaus
Posted by AM POST on Wednesday, October 30, 2024
De acordo com Juliana Tuma, o suspeito explorava o respeito e admiração que as crianças e adolescentes tinham por ele. Como organizador do time de futebol, ele era visto como uma figura de autoridade e, muitas vezes, de exemplo para os jovens. A investigação aponta que o suspeito usava essa posição para manipular as vítimas, intimidando-as quando elas demonstravam resistência e utilizando estratégias de chantagem emocional.
“Ele percebia a resistência das crianças e, então, dizia que sofria de transtornos de ansiedade e depressão. Esse apelo emocional sensibilizava as vítimas, que se viam pressionadas a atender às suas exigências. Esse tipo de manipulação fazia parte da tática que ele usava para manter o controle sobre os meninos e continuar cometendo os abusos”, explicou Tuma.
A DEPCA acredita que o número de vítimas pode ser ainda maior. Com base no depoimento das vítimas e em evidências reunidas pela investigação, há indícios de que o suspeito tenha iniciado esse padrão de comportamento abusivo desde os 16 anos de idade. No entanto, as denúncias formais registradas na delegacia até agora se referem apenas aos crimes cometidos após ele atingir a maioridade.
Colaboração Fundamental das Famílias
Outro aspecto que chamou a atenção dos investigadores foi a disposição das famílias das vítimas em colaborar com as autoridades, o que tem sido fundamental para o avanço do caso. A delegada Juliana Tuma enfatizou a importância dessa postura, destacando que as famílias, apesar de terem uma condição econômica elevada, decidiram denunciar o caso e fornecer todas as informações necessárias.
“Eles poderiam escolher se calar, mas nenhum deles optou por essa conduta. Todos levaram ao conhecimento da delegacia os abusos sofridos pelas crianças, o que é de extrema importância. A colaboração dos pais das vítimas foi essencial para que a polícia conseguisse levantar provas e avançar na investigação”, ressaltou a delegada.
A polícia agora trabalha para identificar outras possíveis vítimas e avaliar a extensão dos crimes cometidos pelo suspeito.
O homem vai passar por audiência de custódia e ficar a disposição da justiça.