Um homem e uma mulher foram condenados pela Justiça do Amazonas por envolvimento em uma tentativa de latrocínio envolvendo 47 quilos de ouro ilegal e por comunicação falsa de crime, em Manaus. Um segundo homem foi absolvido da acusação de latrocínio, mas também foi condenado por comunicação falsa de crime.
A sentença foi proferida após uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que contou com a atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em colaboração com uma unidade especializada no combate ao garimpo ilegal na Amazônia Ocidental. O crime ocorreu em dezembro de 2023 e resultou na maior apreensão de ouro ilegal já registrada no estado do Amazonas.
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Segundo a decisão judicial, o crime foi executado por um grupo que agiu de forma organizada e com grande audácia, visando roubar barras de ouro avaliadas em aproximadamente R$ 18,8 milhões, considerando a cotação atual do grama de ouro. A tentativa de latrocínio ocorreu em plena luz do dia, em uma área densamente povoada, com uso de armas de fogo.
Um dos condenados recebeu a pena de 13 anos e três meses de reclusão pela tentativa de latrocínio. A mulher envolvida foi sentenciada a sete anos e oito meses de reclusão pelo mesmo crime, além de um mês de detenção por comunicação falsa de crime. Ambos também foram condenados ao pagamento de multa.
O terceiro acusado foi absolvido da acusação de latrocínio, mas condenado a um mês de detenção, convertido em prestação pecuniária de quatro salários mínimos, por comunicação falsa de crime. O MPF recorreu da decisão, buscando a condenação desse acusado pelo crime de latrocínio.
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O crime aconteceu no dia 9 de dezembro de 2023, quando os dois homens tentaram roubar os 47 quilos de ouro, que estavam sendo ilegalmente transportados por outras duas pessoas. Durante a ação, foram usadas armas de fogo e dois veículos, mas a tentativa de roubo foi frustrada pela intervenção da polícia, que resultou em ferimentos nas vítimas.
No mesmo dia, a mulher e um dos homens envolvidos comunicaram falsamente o roubo de um dos veículos utilizados, numa tentativa de encobrir suas ações. As investigações subsequentes confirmaram a participação dos três no crime, levando à localização do segundo veículo usado na ação.
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Além dessas condenações, o MPF também denunciou os dois responsáveis pelo transporte do ouro ilegal. Um laudo da Polícia Federal confirmou que o ouro apreendido, com pureza de 91,25%, pertence à União e foi extraído sem autorização legal. Além do ouro, dois carros e uma aeronave foram apreendidos. Os transportadores foram presos em flagrante e responderão por crimes contra o patrimônio da União.
*Com informações da assessoria.