Na terça-feira (29/10), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele é suspeito de ter envenenado sua esposa, a enfermeira Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, em um crime que chocou a comunidade local.
O crime teria ocorrido em 22 de outubro, quando André telefonou para familiares de Patrícia informando que ela havia falecido. Inicialmente, o atestado de óbito, emitido por outro médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), indicava que a causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio. No entanto, a família de Patrícia, desconfiada das circunstâncias, decidiu solicitar uma autópsia.
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Os exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias revelaram a presença de medicamentos controlados no sangue da vítima, levantando suspeitas sobre a versão apresentada pelo médico. O laudo indicou que o remédio Zolpidem, um sedativo, poderia ter sido administrado de forma a induzir a vítima ao sono, facilitando a ação do suspeito.
A investigação, liderada pelo delegado Arthur Hermes Reguse, concluiu que André teria colocado o Zolpidem no sorvete consumido por Patrícia. Depois de induzi-la ao sono, ele teria realizado punções venosas e administrado medicamentos de uso restrito hospitalar, resultando na morte da esposa, que ficou desacordada no interior da residência do casal.
“A Polícia Civil mantém a investigação em andamento, com o intuito de coletar mais evidências e esclarecer todos os detalhes do caso”, declarou a instituição em nota. A prisão de André Lorscheitter Baptista levanta questões sérias sobre a dinâmica do relacionamento e o possível histórico de violência, além de chamar a atenção para a necessidade de medidas de proteção a mulheres em situações vulneráveis.