Nesta quinta-feira (8/2), a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis para desmantelar uma organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado, com o objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito e manter o então presidente da República no poder.
A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está cumprindo 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares em diversos estados do país, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
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As investigações revelam que o grupo atuou de forma coordenada na disseminação de informações fraudulentas sobre as Eleições Presidenciais de 2022, buscando criar um ambiente propício para justificar uma intervenção militar. A organização se dividiu em núcleos, cada um com funções específicas.
O primeiro núcleo concentrou-se na propagação de notícias falsas sobre fraudes nas eleições, com alegações infundadas sobre vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. Esse discurso já vinha sendo disseminado desde 2019 e persistiu mesmo após os resultados do segundo turno das eleições em 2022.
O segundo núcleo agiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, utilizando táticas de milícia digital. Além disso, havia uma articulação para envolver militares com conhecimentos e táticas de forças especiais na execução do golpe.
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O Exército Brasileiro está acompanhando o cumprimento de alguns mandados em apoio à Polícia Federal. Os crimes investigados incluem organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, configurando uma ameaça séria à estabilidade democrática do país.
Redação AM POST