Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Prometeu, visando desarticular uma organização criminosa suspeita de provocar incêndios no Pantanal, resultando em prejuízos estimados em R$ 220 milhões. As investigações indicam que, somente neste ano, mais de 6,4 mil hectares de vegetação foram queimados na região de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com a finalidade de criar pastagens para a pecuária.
Os agentes da PF estão cumprindo sete mandados de busca e apreensão em diversos endereços no estado. Os indivíduos identificados na operação enfrentam uma série de acusações, incluindo incêndio em mata ou floresta, desmatamento ilegal, exploração econômica de áreas públicas, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
PUBLICIDADE
De acordo com a PF, a área afetada tem sido alvo recorrente de crimes ambientais e de grilagem, com fraudes envolvendo órgãos governamentais. “A ocupação irregular da área vem sendo utilizada para exploração econômica por meio da pecuária”, afirmou um representante da polícia. As investigações revelam que, além dos danos ambientais, há uma significativa exploração econômica acontecendo em terras que pertencem à União.
Durante as buscas, a PF identificou a presença de pelo menos 2,1 mil cabeças de gado em áreas irregulares, mas a estimativa é que o número total de animais criados na região durante o período investigado ultrapasse 7,2 mil. Isso demonstra a gravidade da exploração que ocorre em detrimento do meio ambiente, comprometendo a biodiversidade e os ecossistemas locais.