Um personal trainer de 41 anos foi preso na última quarta-feira (11) acusado de estuprar uma jovem de 18 anos, no dia 29 de agosto deste ano, no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. A prisão foi efetuada após investigações conduzidas pela equipe do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob a liderança do delegado Alan Queiroz. A vítima relatou que o autor a abordou violentamente, forçando-a a entrar em seu veículo para cometer o crime.

Segundo informações fornecidas pelo delegado, o crime ocorreu por volta das 12h30, quando a jovem estava a caminho da escola. O agressor, dirigindo um carro branco, abordou a vítima e, conforme seu relato, forçou-a a entrar no veículo. “A vítima foi abordada enquanto caminhava e foi coagida a entrar no carro. O autor a levou para uma rua deserta, onde consumou a violência sexual”, explicou o delegado Queiroz durante coletiva de imprensa.

A prisão do acusado foi resultado de uma investigação minuciosa, que incluiu a identificação do veículo utilizado no crime. O carro, registrado no nome do personal trainer, foi um dos primeiros indícios que ligaram o suspeito ao delito. Além disso, a vítima foi capaz de fornecer detalhes específicos sobre o agressor que corroboraram com as evidências levantadas pela polícia.

“Fizemos inicialmente a identificação do veículo, que constava como proprietário o próprio autor do fato. Após a oitiva da vítima, ela fez o reconhecimento do suspeito, inclusive fornecendo características físicas dele, como a tatuagem que cobre todo o braço e o fato de ele ser uma pessoa musculosa. Ela também mencionou que dentro do carro havia equipamentos de academia, o que reforçou as suspeitas sobre o personal trainer”, afirmou o delegado.

Durante o processo de reconhecimento, a polícia apresentou à vítima fotografias de diferentes indivíduos, mas, de acordo com Queiroz, a jovem não hesitou em identificar o acusado. “Quando a foto do suspeito foi apresentada, ela teve certeza de que ele era o autor do crime”, ressaltou.

Laudos confirmam violência sexual

Os laudos periciais realizados no decorrer da investigação confirmaram a violência sexual. A vítima também recebeu atendimento psicológico, passando por sessões com duas psicólogas que atestaram o estado de pânico da jovem após o ocorrido. Ela possui o diganótisco de TDAH e depressão.

“Os laudos apontaram para violência sexual, e o atendimento psicológico foi fundamental para dar apoio à vítima e confirmar o trauma causado pelos fatos”, detalhou Queiroz.

Com base nas provas reunidas, a polícia solicitou e cumpriu o mandado de prisão do personal trainer, que foi detido em uma academia localizada na Avenida Max Texeira, zona norte da capital.

Segundo o delegado, em depoimento, o suspeito alegou que a jovem entrou em seu veículo de forma voluntária e que não houve qualquer tipo de coação.