- Foto: Reprodução
Redação AM POST*
Estrangeiros acusam policiais militares de Tabatinga, a 1.106 quilômetros de Manaus, de cometerem tortura e extorsão contra eles. As vítimas teriam ainda sido acusadas de falso crime, que teria sido forjado pelos agentes.
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O peruano Alfredo Arbelaes Grandes alega que foi torturado no município por uma guarnição da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) junto com outros funcionários em uma loja de atacado de gêneros alimentícios onde trabalha, que pertence ao também peruano Ciro Gonzales Guevara. O comerciante denuncia que foi extorquido pela mesma equipe duas vezes e que, para intimidá-lo, teriam colocado drogas no veículo que ele dirigia em Tabatinga.
Alfredo Arbelaes argumenta em sua defesa que as provas – um quilo e meio de pasta base de cocaína, munição e réplica de fuzil – apresentadas na delegacia foram forjadas pelos policiais para criar um flagrante do falso crime de tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Ele ainda denuncia que os policias levaram R$ 100 mil da venda da loja, mas que apenas R$ 4670 foram apresentados na delegacia. E que o equipamento do sistema de câmeras, que poderia mostrar a ação policial dentro da loja, teria sido levado pelos policiais.
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A juíza Bárbara Marinho Nogueira que concedeu liberdade ao peruano julgou improcedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
A vítima solicitou para corregedoria da Polícia Militar do Amazonas a apuração dos crimes supostamente cometidos pelos policiais durante as abordagens.
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Sobre a denúncia, a Secretária de Segurança Pública do Amazonas informou que um inquérito policial militar foi aberto e está sob a responsabilidade da Diretoria de Justiça e Disciplina da Polícia Militar.
*Com informações do G1