Redação AM POST
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O traficante paraense Leonardo Costa Araújo, conhecido como Léo 41, um dos onze mortos na operação desta quinta-feira no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, estava escondido no Rio há pouco mais de dois anos e meio. Foragido em seu estado de origem, ele é acusado de ser chefe da maior facção criminosa do Rio no Pará.
No Rio, Léo 41 foi o primeiro bandido paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em uma favela do estado. De acordo com investigações da Polícia Civil, o criminoso era responsável pelo tráfico em Porto das Caixas e Visconde, em Itaboraí, cidade vizinha a São Gonçalo. Em foto obtida pelo GLOBO, o criminoso aparece usando um cordão, aparentemente de ouro e pedras preciosas, com a bandeira do Pará e o número 41, em alusão ao seu apelido.
De acordo com as investigações, Léo ganhou o comando dos bairros de Itaboraí dos traficantes Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca, integrantes da cúpula da maior facção criminosa do Rio. Mesmo à distância, Léo 41 também comandava o tráfico de drogas também no Bengui, em Belém.
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As investigações das polícias Civil do Rio e do Pará já detectam a migração de traficantes do estado do Norte do país para o Rio pelo menos desde 2018, com uma intensificação nos últimos três anos. Essa foi a primeira vez, no entanto, que se constatou um paraense no comando do tráfico em terras fluminenses.
Atualmente, segundo informações da Polícia Civil do Pará, a cúpula da facção no estado está escondida em favelas no Rio. Além de Léo, estão no estado Anderson Souza Santos, o Latrol, David Palheta Pinheiro, o Bolacha e Oriscarmo Rodrigues Rocha, o Ouri. Os quatro ocupam os cargos mais altos da organização criminosa. Os investigadores acreditam que todos estejam usando identidades falsas.
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