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Notícias policiais – Dois seguranças ligados ao alto escalão do Terceiro Comando Puro (TCP) foram mortos durante uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na manhã da última terça-feira (13), no Morro do Timbau, no Complexo da Maré (RJ). Daniel Falcão dos Santos, conhecido no tráfico como “Gotinha”, e outro homem identificado apenas pelos codinomes “Carlinhos” ou “Carlin” estavam ao lado de Thiago da Silva Folly, o “TH da Maré”, um dos chefes da facção, também morto na ação.
Os três foram surpreendidos por agentes do BOPE em um bunker utilizado como base estratégica pela facção criminosa. Segundo informações da polícia, os seguranças reagiram à abordagem, resultando em um intenso confronto. Gotinha foi atingido na cabeça por um tiro de fuzil e morreu na hora. De acordo com os peritos, o disparo foi tão forte que destruiu completamente a parte superior do crânio. Carlinhos também foi baleado e morreu no local.
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Braço direito de TH da Maré
Daniel Falcão dos Santos, o Gotinha, era considerado o principal homem de confiança de TH da Maré. Com longa trajetória no crime, ele era apontado como segurança pessoal e responsável por operações armadas do grupo dentro do Complexo da Maré. Gotinha também era investigado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que apurava sua atuação na hierarquia do TCP.
Contra ele, havia mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Além das investigações em curso, era apontado como executor em ações violentas da facção. O policial que participou da operação, sob anonimato, afirmou que “Gotinha não se separava de TH. Onde ele estava, Gotinha estava junto e sempre armado até os dentes”.
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“Carlinhos”
O outro homem morto na operação foi identificado apenas por seus codinomes: “Carlinhos” ou “Carlin”. A polícia ainda não revelou a identidade civil completa do suspeito, nem seu histórico criminal detalhado. No entanto, fontes ligadas à investigação afirmam que ele também atuava como segurança armado de TH da Maré e fazia parte do círculo de confiança do traficante.
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Apesar de não possuir o mesmo grau de destaque que Gotinha dentro da facção, Carlin estaria presente em diversas ações armadas e mantinha acesso restrito aos esconderijos utilizados por TH, o que indica proximidade e papel importante dentro da organização.
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Confronto armado e cerco ao bunker
A operação foi resultado de um trabalho de inteligência realizado durante oito meses. Agentes da PM monitoravam os passos de TH da Maré, foragido desde 2016 e com extensa ficha criminal. Quando sua localização foi confirmada, o BOPE foi acionado para realizar a incursão no Morro do Timbau.
Ao localizar o bunker — uma estrutura camuflada dentro da comunidade — os agentes foram recebidos a tiros. Houve um tiroteio intenso, e tanto TH quanto seus dois seguranças acabaram mortos. Nenhum policial foi ferido na ação.