Foto: Divulgação/PCAM

Na manhã desta segunda-feira, autoridades da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas realizaram uma coletiva de imprensa para fornecer informações sobre o chocante caso do assassinato da artista Julieta Inés Hernández Martínez, de 38 anos, cujo corpo foi descoberto enterrado em uma cova rasa em uma área de mata no município de Presidente Figueiredo na última sexta-feira.

As investigações tiveram início na quinta-feira passada, quando a família da vítima registrou um Boletim de Ocorrência. O delegado Valdnei Silva, da 37ª Delegacia Interativa de Polícia em Presidente Figueiredo, revelou que as diligências começaram com a análise de hotéis locais, já que não tinham mais vagas. O suspeito, identificado como Tiago, inicialmente alegou que a vítima havia pernoitado no local, mas posteriormente afirmou que ela havia saído.

“Um morador encontrou partes da bicicleta da vítima no quintal da residência, realizamos buscas nas imediações e, após conversar com moradores, obtivemos informações conflitantes sobre a presença da jovem na estrada. Voltamos ao local onde a vítima havia se hospedado, e encontramos os pertences da vítima, levamos Tiago e sua esposa para a delegacia”, declarou o delegado Silva.

Durante o depoimento, o casal entrou em contradição, mas acabou confessando o terrível crime. Segundo o delegado, Tiago solicitou à esposa que roubasse o celular da vítima, sendo recusado. Em seguida, ele abordou Julieta enquanto ela dormia, desmaiou-a várias vezes, com a ajuda da esposa que amarrou os pés e mãos da vítima, ele a arrastou para dentro da casa e cometeu abuso sexual. A esposa, movida pelo ciúmes ao presenciar a cena, jogou álcool sobre os dois, resultando em um trágico desfecho.

“Ele pediu para que esposa roubassem o celular da vítima, ela se negou. Ele então foi até a rede onde a jovem dormia e a abordou. Ele desmaiou a vítima várias vezes, logo depois, ele abusou sexualmente da artista. A esposa entrou no local e viu a situação ficando com ciúmes, jogou álcool, queimando os dois. O aparelho celular estava escondido no imóvel”, relatou a autoridade policial.

A esposa do agressor relatou o abuso às autoridades. O corpo de Julieta Inés Hernández Martínez foi encontrado com mãos e pés amarrados, e exames de necropsia estão em andamento para confirmar o estupro.

Durante a audiência de custódia realizada neste sábado (6), em Manaus, Thiago Agles da Silva, 32, e Deliomara dos Anjos Santos, 29, suspeitos de envolvimento na morte da artista venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, tiveram a prisão convertida para preventiva pelo juiz de direito Laossy Amorim Marquezini, visando preservar a ordem pública, especialmente após tentativa de fuga de Thiago no momento da prisão.

Thiago e Deliomara devem responder pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Redação AM POST