As celebrações do Dia da Independência no Brasil, neste sábado (7) estarão divididas entre dois eventos marcadamente distintos. Em Brasília, o presidente Luiz (PT) participará do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, que contará com apresentações de militares, estudantes e a Esquadrilha da Fumaça. O evento está sendo preparado com grande estrutura e abordará temas como vacinação e a recuperação do Rio Grande do Sul após uma tragédia climática.
No entanto, o governo Lula enfrenta um momento delicado, com a recente demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após acusações de assédio sexual. O escândalo envolveu também a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como revelado pelo Metrópoles. Esta crise pode ofuscar a celebração oficial em Brasília.
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Em contraste, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderará uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato, que contará com a presença de vários opositores, será um protesto em defesa da “liberdade” e contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro criticou o atual governo e convocou os manifestantes em um vídeo, destacando que a liberdade é essencial para a verdadeira independência.
A polarização das comemorações não é uma novidade; durante o governo de Bolsonaro, o 7 de Setembro se transformou em palco para manifestações políticas e ataques a opositores. Em 2021, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha” e fez declarações desafiadoras sobre o STF. A celebração do Bicentenário da Independência em 2022 também foi alvo de críticas por suposto uso eleitoral das festividades.
Este ano, enquanto Lula tenta recuperar o caráter patriótico das celebrações, Bolsonaro usa a data para reforçar sua oposição ao governo atual e aos seus críticos, ampliando ainda mais a divisão política no país.
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Redação AM POST