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Notícias de Política – O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) aplicou multas ao deputado federal Adail Filho e ao ex-prefeito de Coari, Keitton Pinheiro, por práticas de nepotismo na administração pública. A decisão foi publicada no Diário Oficial do órgão na última sexta-feira (7), trazendo detalhes sobre as infrações cometidas pelos políticos.
A denúncia que levou à decisão foi apresentada pela Secretaria Geral de Controle Externo (Secex) com base na manifestação N5112019 da ouvidoria contra a prefeitura de Coari. Conforme os documentos oficiais, Adail Filho, que já ocupou o cargo de prefeito do município, recebeu uma multa no valor de R$ 13.654,39 mil. Keitton Pinheiro, que o sucedeu após o afastamento de Adail pela Justiça Eleitoral do Amazonas, foi penalizado com a mesma quantia.
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Confira documentos na integra Multa TCE Coari
Segundo o TCE-AM, ambos foram punidos por atos que infringiram normas legais de gestão pública, incluindo irregularidades fiscais, contábeis e orçamentárias, todas relacionadas ao favorecimento de parentes dentro da administração municipal. O Tribunal reforçou a gravidade da infração ao enquadrá-la como nepotismo.
Foi estipulado prazo de 30 dias para que a multa seja paga.
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Adail Pinheiro
A decisão da Corte de Contas ainda trouxe recomendações ao atual gestor do município, Adail Pinheiro (pai de Adail Filho), para que haja um rigoroso cumprimento das normas constitucionais que regulamentam a admissão de pessoal, tanto para cargos efetivos quanto temporários e comissionados. O objetivo é evitar novas ocorrências de nepotismo dentro da estrutura administrativa de Coari.
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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) também anunciou, na sexta-feira (7), que está conduzindo uma investigação contra o atual prefeito de Coari, Adail Pinheiro, por suspeitas de nepotismo. Caso sejam confirmadas novas irregularidades, a gestão poderá sofrer sanções adicionais, incluindo afastamento de gestores e novas penalidades financeiras.
O nepotismo é um problema recorrente na política brasileira e, segundo especialistas, compromete a transparência e a eficiência da gestão pública. O caso de Coari reforça a necessidade de um controle mais rígido para evitar favorecimentos indevidos e garantir que a administração pública funcione de forma ética e dentro dos princípios legais.