Um escândalo de corrupção envolvendo o prefeito de Rosário, no Maranhão, Calvet Júnior (Republicanos), ganhou novos contornos com a revelação de que sua amante, Rosana Nunes, teria recebido mesadas de dinheiro público entre 2022 e 2024. A denúncia foi formalizada em uma ação civil pública pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) e acatada pela Justiça em junho deste ano. O caso se agravou com alegações de agressão física entre a amante e a família do prefeito.
Segundo a investigação do MPMA, a jovem Nayara Nunes foi contratada em maio de 2022 para um cargo de assistente técnica na Secretaria de Finanças com um salário de R$ 3 mil. No entanto, mais da metade do valor do salário de Nayara era repassada via Pix para sua prima, Rosana Nunes, que é identificada pelo MP como amante do prefeito. Esse esquema é conhecido como “rachadinha”, onde parte do salário é desviado para beneficiários não oficiais.
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A promotora Maria Cristina Lobato Murillo detalhou que o envolvimento entre o prefeito e Rosana Nunes seria a razão para a contratação de Nayara, visando beneficiar Rosana. Extratos bancários indicam que Nayara transferia R$ 2 mil a cada pagamento de salário para Rosana, totalizando aproximadamente R$ 64,5 mil desviados.
O escândalo ganhou mais complexidade com a denúncia de que a esposa e a sogra do prefeito teriam agredido fisicamente Rosana Nunes. Em agosto de 2023, Rosana registrou um boletim de ocorrência relatando que a esposa e a sogra de Calvet Júnior invadiram sua casa e a agrediram fisicamente, após boatos sobre o relacionamento dela com o prefeito se tornarem públicos.
A promotora citou que a situação revelou um “confronto físico” entre a primeira dama e Rosana, destacando a infração ao dever matrimonial de fidelidade e a tentativa do prefeito de manter o relacionamento em segredo.
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Os advogados do prefeito, Calvet Júnior, e das primas, Nayara e Rosana, refutam todas as acusações. O advogado Iradson Aragão argumenta que as transferências entre Nayara e Rosana podem ser explicadas por razões pessoais e não configuram improbidade. Ele ainda defende que Nayara cumpria suas funções com competência e foi exonerada do cargo antes da ação civil ser proposta.
Por sua vez, o advogado Whesley Nunes, que representa as primas, também contesta as alegações, afirmando que as movimentações financeiras não têm evidências de intenção ilícita e que não há prova concreta de que foram realizadas para obter vantagem indevida ou causar dano ao erário.
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Redação AM POST