O pré-candidato à prefeitura de Manaus, Amom Mandel (Cidadania), tornou-se o centro de uma polêmica nas redes sociais após atacar a jornalista Paula Litaiff, que havia questionado o uso de fones de ouvido por ele durante um debate na Band Amazonas, ocorrido na quinta-feira, 8. Amom, justificou o uso do equipamento devido ao fato de ser autista.
Durante o debate, Amom utilizou fones de ouvido, o que chamou a atenção dos telespectadores que se manifestaram nas redes sociais. A jornalista, através de suas redes sociais, também levantou um questionamento que rapidamente viralizou: “O candidato a prefeito de Manaus, Amom Mandel, justificou o uso de fone de ouvido no debate da Band por ser autista. A pergunta é: por que Amom não é visto com fone de ouvido na tribuna e reuniões políticas?”. A dúvida lançada por Litaiff foi interpretada por Amom como um ataque pessoal, o que deu início a uma série de trocas de farpas entre os dois.
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Retuitando a postagem de Paula, Amom acusou a jornalista de ser “capacitista” – termo que designa preconceito contra pessoas com deficiência. Na mesma publicação, o pré-candidato insinuou que a pergunta teria sido uma tentativa de descredibilizar sua campanha em favor de outro candidato: “Me responde a uma pergunta, Paula: você realmente tá disposta a fazer esse tipo de ataque e apelar ao capacitismo pra proteger teu candidato?”.
Paula Litaiff, por sua vez, não deixou a acusação passar em branco e respondeu com firmeza, buscando esclarecer o teor de sua pergunta e refutar a acusação de capacitismo. Em sua réplica, a jornalista explicou: “Deputado Amom, o significado de ‘capacitismo’ é o preconceito contra pessoas com deficiência, julgando-as como ‘incapazes’ ou ‘inferiores’. Eu não o inferiorizei. Eu lhe fiz uma pergunta: Por que há imagens do senhor SEM fone de ouvido em reuniões e na tribuna, mas usou fone no debate de ontem? Atribuir a minha pergunta a uma questão política mostra como o senhor não tem preparo para lidar com o contraditório.”