- Amom Mandel vota contra projeto que pune invasores de terras-Foto: Reprodução
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Manaus, Amom Mandel (Cidadania), foi o único parlamentar do Amazonas a votar contra o Projeto de Lei (PL 709/2023), que cria punições para invasores de propriedades rurais e também de imóveis urbanos. O texto foi votado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), na última terça-feira (21).
Já na quarta-feira (22), um dia depois de aprovar o projeto de lei que estabelece restrições e impedimentos para invasores e ocupantes ilegais de propriedades rurais e prédios públicos, Amom votou pela rejeição dos destaques apresentados pelos partidos, que na prática, desfazia o próprio texto aprovado anteriormente. A matéria agora será enviada ao Senado.
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Com a votação contra, Amom levanta novamente uma polêmica em relação ao seu posicionamento político. O pré-candidato afirma ser um parlamentar de centro, independente, sem as bandeiras do bolsonarismo, nem do PT. No entanto, o voto do deputado, o coloca mais uma vez em uma posição mais esquerdista.
Amom já foi alvo de críticas ao se declarar de centro. Eleitores o veem como “em cima do muro”, interpretando essa postura como uma maneira de evitar discutir questões relacionadas ao governo atual.
Um dos pontos mais criticados em relação a Amom, principalmente pela direita, foi o fato de o deputado não assinar o pedido de impeachment do presidente Lula (PT), protocolado na Câmara dos Deputados após comparar o Holocausto com a guerra em Gaza, no começo do ano.
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PL
A proposta é de autoria do deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e teve um total de 336 votos a favor e 120 contrários. O texto agora vai ser analisado no Senado e, se for aprovado, será enviado para a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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- Foto: Reprodução
O PL também estabelece que quem cometeu este tipo de infração receba auxílios e benefícios de programas do governo federal, como o Bolsa Família, além de não poder tomar posse em cargos ou funções públicas.
A proposta foi pautada depois do aumento de invasões durante o chamado “Abril Vermelho” do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que aconteceram no mês passado. O projeto é uma ofensiva da bancada ruralista para frear as ações do MST.