Redação AM POST
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB), escreveu um artigo em que se defende da acusação de improbidade administrativa em sua gestão investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), e também revela que ele e sua família vem sofrendo perseguição política, segundo ele, arquitetada pelo presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz e seu grupo político.
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“O esquema é pérfido porque é “comandado” por um senador cuja vida pública salvei a duras penas sem saber que, anos depois, ele seria acusado de envolvimento de proa com a chamada Operação Maus Caminhos. Aliás, é irônico que um senador, envolvido em desvio de dinheiro público destinado à saúde, possa ser indicado para presidir uma CPI que, supostamente, visa a encontrar e indiciar pessoas sem caráter, que tenham praticado a monstruosidade de subtrair dinheiro destinado à proteção de tantas vidas”, disse.
Improbidade
Arthur afirma que recebeu notificação assinada pela promotora Cley Barbosa Martins, do MPE-AM, anunciando que ele seria processado por improbidade administrativa, por ter, segundo ela, concedido gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil da Prefeitura de Manaus. A magistrada, segundo ele, já estipula na ação quanto o ex-prefeito teria de devolver aos cofres públicos, fala em condenação. Porém ele destaca que não conhece nenhuma das pessoas citadas e não assinou nenhum ato.
“Segundo o que levantei, essas vantagens funcionais foram concedidas pelo meu vice-prefeito de então e por um vereador que, em período eleitoral, me substituiu em face de viagem que fiz para fora do Amazonas”, afirmou.
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Após esclarecer os fatos o ex-prefeito revida o ataque de seu adversário. “Improbidade é o senador Omar Aziz e seus parceiros terem desviado, segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), cerca de R$260 milhões na esteira criminosa da Operação Maus Caminhos”, declarou.
O tucano também questiona, no texto, a magistrada sobre as investigações e acusações contra Omar Aziz. “Em que pé estão as investigações sobre a gangue da Maus Caminhos, que envolve dinheiro federal e estava sendo tocada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal e, de repente, passaram à esfera do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) e da Polícia Civil?”, indagou.
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Maus Caminhos
Arthur também fala de manobra da quadrilha da Maus Caminhos para tirar as investigações da operação do Ministério Público Federal e entregar ao Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM).
“Essa manobra para tirar a Maus Caminhos do Ministério Público Federal, que tem sede de punir os celerados e entregar o caso para o Ministério Público do Amazonas, é um tapa na face dessa instituição tão digna. A sociedade vai entender que tem gente, com assento no Senado, que só trabalha com mesquinharias e intrigas e que julga ser bom para a quadrilha sair do MPF e da PF para a esfera estadual, como se a maioria do MP-AM não fosse composta de profissionais tão honrados quanto os do Ministério Público Federal e da Polícia Federal”, completou.
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Em seu relato, o político destaca que além de roubar dinheiro que teria salvo milhares de vidas, a quadrilha que segundo ele Omar Aziz faz parte, ainda se acha com “legitimidade” para tratar o tradicional Tribunal de Justiça do Amazonas “como se ele fosse pasto para seus instintos insaciáveis de cleptomaníacos”.