Começou a tramitar esta semana nas comissões técnicas da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), um Projeto de Lei de iniciativa do líder do PRB na Casa, deputado Carlos Alberto, que prevê a transformação do Centro Cultural Povos da Amazônia em monumento arquitetônico e urbanístico do Amazonas. “Com essa medida os bens de natureza material e imaterial do local, na sua abordagem individual ou coletiva representativos da memória e da identidade dos diferentes segmentos que formam a sociedade amazonense ficam preservados passando, assim, a integrar o patrimônio cultural do nosso Estado por força de lei”, justifica o republicano.
O Centro Cultural dos Povos da Amazônia, inaugurado em 2007, foi construído pelo governo do Estado na praça Francisco Pereira da Silva — popularmente conhecida como Bola da Suframa, na Zona Sul de Manaus. Conta com uma cúpula com cerca de 150 lugares e um auditório com capacidade para 70 pessoas, uma ampla arena de espetáculos com capacidade para 17 mil pessoas sentadas e possui um acervo com mais de 821 mil peças sendo, fotográfico, museológico e documental.
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“É um espaço em homenagem aos Povos Tradicionais da Amazônia e a sua diversidade étnico-cultural, que visa valorizar, difundir e disseminar as informações geradas e produzidas sobre os países da Amazônia Continental: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e o território ultramarino francês, a Guiana Francesa”, enumera.
A edificação foi concebida para reunir as expressões e registros culturais da Amazônia de todas as épocas, ultrapassando os conceitos inerentes a um simples local de exposições e eventos, oferecendo aos visitantes uma diversidade de referências e manifestações do patrimônio natural, artístico e cultural amazônico continental, atendendo a todas as vertentes sociais e faixas etárias.
O Centro Cultural Povos da Amazônia desenvolve e promove gratuitamente atividades de pesquisas, tendo sido publicado diversos títulos referentes à Amazônia. Disponibiliza ainda, pesquisas por meio dos acervos localizados no Memorial e Biblioteca Mário Ypiranga Monteiro e, no Núcleo de Documentação Samuel Benchimol, bem como espaços para visitação do público em geral, com exposições temporárias e permanentes, dentre as quais as representativas do cotidiano amazônico, como a Maloca Aruak; Casa do Caboclo; Moenda de Cana-de-açúcar; Xapono Yanomami; Barracão do Guaraná; Casa da Farinha; Tapiri de Defumação da Borracha, além da representatividade do transporte regional (canoas). Faz parte de suas instalações também o Museu do Homem do Norte.