Licitada em 2007 no valor de R$ R$ 574 milhões a Ponte Rio Negro ficou conhecida em Manaus como a Ponte do Bilhão. Pagamentos indevidos em troca de favorecimento na obra aos ex-governadores Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD) foram feitos por meio de contratos fictícios com a Construtora Etam Ltda, segundo afirma o delator e executivo da Odebrecht Arnaldo Cumplido de Souza e Silva nos documentos anexos do Inquérito nº 4429.
No primeiro semestre de R$ 2008, ainda no Governo Braga, o Estado fez um aditivo de R$ 300 milhões, com a anuência do Tribunal de Contas do Estado, mesmo contrariando a Lei de Licitações. O valor da obra ainda sofreu alterações no Governo Omar Aziz, e a ponte foi concluída por R$ 1,1 bilhão. O caso chegou ao Ministério Público antes da inauguração, mas está na gaveta.
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De acordo com o delator Braga teria recebido “pagamentos indevidos, por intermédio da empresa Construtora Etam, cessionária de parte das obras, cujo representante era o senhor Eládio Cameli”. Quando Braga deixou o cargo de governador, Arnaldo acrescenta que foi procurado por um empresário do Amazonas chamado José Lopes, que se apresentou como representante de Omar Aziz e passou a exigir a continuidade dos pagamentos “na mesma base” do anterior.