- Foto: Reprodução
A entrevista dada pelo deputado federal João Carlos Bacelar à rádio sergipana Jornal FM no último dia 24 de outubro trouxe à tona uma série de acusações contra o também deputado federal Gustinho Ribeiro, que presidiu a CPI das Americanas, que terminou sem consegui identificar os responsáveis pelas inconsistências de R$ 20 bilhões na empresa. Bacelar relaciona a compra de um cavalo no valor de R$ 1 milhão feita por Ribeiro aos atos do colega enquanto esteve à frente da Comissão.
Segundo Bacelar, Ribeiro teria atuado de maneira “escusa” para favorecer os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, controladores da empresa Americanas. O deputado afirmou durante a entrevista que o suposto esquema envolveu escritórios de advocacia, que teriam sido contratados para oferecer a blindagem aos investigados. Bacelar defende a instalação de uma “CPI da CPI” para apurar as suspeitas levantadas.
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“Recebi um filme tem uns 15 dias e pensei que era fake news: um cidadão que teria coragem de comprar um cavalo de 1 milhão de reais. Mas eu procurei me informar por alguns colegas, e o próprio Gustinho confirmou para mim que adquiriu o cavalo por 1 milhão de reais, num consórcio aí (com) 50 parcelas de 20 mil reais, 19 mil e tantos, quase 20 mil reais. É um absurdo comprar um cavalo por 1 milhão de reais”, disse.
⏯️ O lado B da CPI das Americanas: deputados trocam acusações de corrupção.
João Bacelar diz ter informações graves sobre atuação do presidente da CPI. Acusado, Gustinho Ribeiro retruca e fala em achaque e chantagem.
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Leia na coluna de @rodrigo_rangel: https://t.co/Haiyig9JUt pic.twitter.com/WnxbZkLvl2
— Metrópoles (@Metropoles) October 27, 2023
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“Por coincidência, foi logo depois que a CPI acabou. Ele deve ser um grande empresário em Sergipe, não é? Deve ter uma declaração de renda grande, suponho que ele deva ser um grande empresário aí de Sergipe para poder comprar um cavalo de 1 milhão de reais. (…) É muita coincidência ele comprar um cavalo de 1 milhão logo após acabar a CPI”, prosseguiu o deputado baiano.
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Em um desafio público, Bacelar propôs um confronto em praça pública, na cidade de Aracaju ou em Lagarto, reduto eleitoral de Ribeiro, para discutir as acusações levantadas. O deputado afirmou que irá expor todos os detalhes e circunstâncias relacionados à atuação de Gustinho Ribeiro na CPI. João escolheu uma rádio do estado de Sergipe, onde o colega atua politicamente, para fazer suas afirmações e desafiar Ribeiro a negá-las.
Em resposta às acusações, Gustinho Ribeiro insinuou que Bacelar teria chantageado empresários envolvidos na CPI. O deputado afirmou que todos conhecem o histórico do colega e que ele não é merecedor de resposta. Ribeiro ressaltou o suposto intuito de Bacelar durante os trabalhos da Comissão e o que ele pretendia fazer com os convocados.
Diante das acusações mútuas, resta esperar se as declarações de João Carlos Bacelar serão oficialmente investigadas, tanto pela ética parlamentar como pela “CPI da CPI” proposta pelo próprio deputado.