- Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Durante uma entrevista recente, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE) trouxe à tona uma prática controversa no Congresso Nacional: o uso das chamadas “emendas Pix”, que é uma modalidade das emendas individuais que permite o envio direto dos recursos à prefeituras e estados. Segundo Meira, esse mecanismo estaria sendo utilizado para angariar apoio parlamentar através de transferências diretas de recursos do governo federal para prefeituras e governos estaduais, sem uma destinação específica.
De acordo com o parlamentar, essa estratégia facilita a compra de votos entre os congressistas. Embora os autores das emendas sejam identificados, a falta de transparência na aplicação desses recursos tem sido amplamente criticada. Meira destacou que mais de R$ 13 bilhões foram direcionados dessa forma, em uma tentativa explícita de garantir apoio político.
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“Sabe quantos bilhões foram colocados para comprar deputados e senadores? Dinheiro extra, mais de R$13 bilhões. As emendas pix. As emendas normais chegam na ponta, é uma burocracia correta enorme, emendas pix não. Chega para mim, Meira você vai votar com a gente está aí R$5 milhões na sua conta agora, vai mandar para que prefeitura? Essa é a verdade, é uma vergonha. É desse jeito que compra [apoio] e tem vários comprados”, afirmou o deputado durante a entrevista.
A denúncia de Coronel Meira lança luz sobre a necessidade de maior transparência e fiscalização no uso das emendas parlamentares. A prática das “emendas Pix”, conforme descrita pelo deputado, sugere um desvio significativo das normas estabelecidas, comprometendo a integridade do processo legislativo e a confiança pública.