Três parlamentares da bancada do Amazonas vão comandar importantes e estratégicas comissões na Câmara dos Deputados. Eles foram eleitos presidentes entre esta quarta e quinta-feira (13 e 14). Apenas a Comissão de Legislação Participativa ficou para a semana que vem.
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Bosco Saraiva (SD) irá presidir a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio; Silas Câmara (PRB) comandará a Comissão de Minas e Energia; e o deputado Átila Lins (PP) vai comandar a Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cidra).
Bosco mentalidade de empreendedorismo
O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara afirmou que é importante criar uma mentalidade de empreendedorismo desde cedo para reaquecer a economia.
“O que nós precisamos fazer é mudar o curso natural a partir da base, do empreendimento, da busca da conquista do capitalismo, da conquista do emprego e do avanço da iniciativa privada, com uma segurança, a segurança jurídica, política, de que o Brasil é um país pronto para que se faça empreendimentos e o povo pronto para progredir”, afirmou Bosco Saraiva.
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Silas quer mudanças nas leis sobre mineração
Silas Câmara (PRB-AM), entende que, neste ano, temas tradicionais do colegiado – como petróleo, gás e energia elétrica – vão dividir espaço com mudanças legislativas no setor de mineração.
“Há uma pauta muito extensa. O Brasil passa por uma mudança muito grande nas suas prioridades. Acho que as pautas que vão tomar conta da nossa comissão estão muito perto da mineração, até por conta do acidente de Brumadinho”, disse o deputado.
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O deputado também espera debater a composição da tarifa de energia, a produção de energias eólica e solar, e a distribuição de royalties.
Átila destaca diversidade de temas
Átila Lins (PP-AM), no comando da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, pertente manter na pauta do colegiado todos os temas importantes para a Amazônia, entre eles mineração e questões indígenas.
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Ele avalia que a sucessão de crimes socioambientais impacta o debate em torno das atividades econômicas na Amazônia e manifestou preocupação com a ameaça de que a lama tóxica da Vale, resultado do desastre de Brumadinho, chegue ao São Francisco, conhecido como o “rio da integração nacional”.
“Quando se trata de Amazônia, haverá questões de mineração, questões indígenas, meio ambiente e gargalos que ainda impedem o desenvolvimento da região amazônica. Esse problema de Brumadinho e outros acidentes também cabem no debate por causa da integração que queremos ajudar a desenvolver”, declarou.
O novo presidente informou que não haverá a possibilidade de excluir temas dos debates. “Todos estão englobados na infraestrutura, na integração e no desenvolvimento”, completou.