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Ditador Nicolás Maduro, que está há 12 anos no poder, toma posse para seu 3º mandato na Venezuela sob acusações de fraude

As eleições de julho de 2024 continuam sendo alvo de intensos debates e contestações.

  • Por AM POST

  • 10/01/2025 às 11:28

  • Atualizado em 10/01/2025 às 16:17

  • Leitura em três minutos

Nesta sexta-feira, 10 de janeiro, a crise política da Venezuela alcançou um novo capítulo de tensão e incerteza. Nicolás Maduro, que governa o país desde 2013, tomou posse para seu terceiro mandato em meio a denúncias de fraude eleitoral. Paralelamente, o líder oposicionista Edmundo González, que afirma ser o verdadeiro vencedor das eleições de 2014, prometeu assumir o cargo de presidente, intensificando a disputa pelo comando do país.

As eleições de julho de 2024 continuam sendo alvo de intensos debates e contestações. Observadores internacionais, incluindo a organização Centro Carter, validaram a vitória de González, apontando indícios consistentes de manipulação no processo que proclamou Maduro como vencedor. Segundo a oposição, González teria recebido 67% dos votos, enquanto Maduro alcançou apenas 31%. Em contrapartida, o regime chavista afirma que o atual presidente venceu com 51,2% dos votos, em uma eleição cuja transparência foi amplamente questionada.

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Apesar das evidências apontadas pela oposição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo, declarou Maduro como vencedor. Sem apresentar boletins de votação ou atas eleitorais, o órgão contribuiu para ampliar as suspeitas de irregularidades e fortalecer o discurso de ilegitimidade do terceiro mandato do ditador.

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Apoio Internacional e Repressão Interna

Maduro conta com o respaldo de potências como Rússia e China, que oferecem suporte político e econômico ao regime. O aparato repressor também é utilizado como ferramenta para consolidar seu poder. Em uma manobra para evitar a chegada de González ao território venezuelano, o governo ordenou o fechamento das fronteiras do país até a próxima segunda-feira e emitiu uma ameaça direta: caso González retorne ao país, será imediatamente preso.

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Além disso, o governo anunciou uma recompensa de 100 mil dólares por informações sobre o paradeiro do opositor, embora González tenha sido visto recentemente em países como Argentina, Uruguai, Estados Unidos, República Dominicana e Panamá, em busca de apoio internacional para sua posse.

Divisão e Instabilidade

A situação coloca a Venezuela em um cenário de duplo comando, com dois líderes reivindicando a presidência. Enquanto Maduro reforça o controle interno com medidas repressivas e propagandas de vitória, González representa a esperança da oposição por uma transição democrática. Contudo, a instabilidade política e a falta de consenso entre os blocos agravam a crise humanitária que já atinge milhões de venezuelanos.

A comunidade internacional se mantém atenta à situação, com muitas nações rejeitando a legitimidade do novo mandato de Maduro. No entanto, ações concretas para resolver o impasse ainda são incertas, deixando o futuro do país pendurado em um delicado equilíbrio entre a repressão e a resistência.

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