- Em meio à queimadas na Amazônia, Lula diz que falta dinheiro para o Meio Ambiente-Foto: Ricardo Stuckert
O presidente Lula (PT) alegou durante discurso na ONU, neste domingo (22), que “faltam dinheiro para manter o planeta seguro” frente às mudanças climáticas. No entanto, essa declaração surge em meio a queimadas que devastam a Amazônia e outras regiões do Brasil, questionando a eficácia do governo em lidar com a crise ambiental.
Lula destacou que os atuais níveis de redução de gases do efeito estufa e o financiamento climático são “insuficientes”, mas parece ignorar as responsabilidades do próprio governo em implementar políticas que poderiam mitigar essa situação. A gestão dele deixou o Brasil com queimadas severas, refletindo uma falta de ação eficaz em prol da proteção ambiental.
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Ao elogiar a aprovação do Pacto para o Futuro na ONU, o presidente pediu “ambição e ousadia”, mas seus apelos soam vazios diante da realidade em que a Amazônia continua a ser consumida pelas chamas. A crítica à falta de recursos internacionais não deve servir como desculpa para a inação governamental frente a um problema que já se arrasta por anos.
Lula afirmou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) podem se tornar um “grande fracasso coletivo”, mas não mencionou como seu governo pretende avançar nesses compromissos. Enquanto ele pede mais dinheiro do exterior, as queimadas intensificam-se, e a população sofre com os impactos diretos da poluição e da degradação ambiental.
Em seu discurso, ele também criticou a falta de eficácia das instâncias multilaterais, mas é irônico que seu governo esteja enfrentando críticas pela falta de um plano claro e efetivo para enfrentar a crise climática no país. Sem um comprometimento real, as palavras de Lula podem ser vistas como uma tentativa de desviar a atenção das falhas em sua administração.
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Por fim, o presidente alertou sobre a naturalização da fome de 733 milhões de pessoas, mas essa preocupação não se reflete em ações concretas que garantam a segurança alimentar no Brasil. A retórica é importante, mas a falta de resultados efetivos levanta dúvidas sobre a seriedade do governo em tratar das questões ambientais e sociais que realmente afetam a população.
Redação AM POST