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Notícias de política – O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE), conforme confirmou a Polícia Federal (PF) à CNN Brasil. A prisão ocorre em meio à suspeita de que Machado tentou ajudar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a sair do país utilizando um passaporte português.

Segundo o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Machado teria atuado no dia 12 de maio para obter o documento junto ao consulado de Portugal em Recife. A intenção, de acordo com a PGR, era viabilizar a saída de Mauro Cid do território nacional — o que pode configurar tentativa de obstrução da justiça em meio às investigações sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.

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Embora o ex-ministro não tenha conseguido emitir o passaporte, a Polícia Federal considera possível que ele buscasse alternativas em outros consulados. Por isso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao STF a abertura de inquérito e a autorização para medidas de busca e apreensão.

A prisão de Gilson Machado também está relacionada a uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro promovida por ele em suas redes sociais, com destino ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa movimentação chamou a atenção dos investigadores por possível favorecimento pessoal, outro crime previsto no pedido da PGR.

As buscas autorizadas têm o objetivo de encontrar documentos, anotações, mídias e dispositivos que possam revelar mais detalhes sobre uma possível articulação para atrapalhar a investigação penal em curso.

Machado foi ministro do Turismo entre 2020 e 2022 no governo Bolsonaro e é uma das figuras próximas ao ex-presidente. Mauro Cid, por sua vez, é delator na investigação da tentativa de golpe e está no centro de uma série de investigações sobre fraudes e articulações antidemocráticas.

A defesa de Gilson Machado ainda não se pronunciou oficialmente.