- Foto: divulgação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acionou a Polícia Federal (PF) nessa quarta-feira (15/1) para investigar a disseminação de seu CPF de forma indevida. O gabinete do ministro recebeu denúncias de uso não autorizado de dados pessoais, associado a uma possível tentativa de crime contra a ordem tributária e fiscal.
De acordo com as denúncias, um cidadão identificado como Rubinho estaria compartilhando o CPF de Haddad em grupos de WhatsApp na Bahia. Nas mensagens, haveria uma sugestão implícita para que o dado fosse utilizado em compras e serviços que exigem identificação de clientes. Essa prática representa um sério risco à segurança do ministro e violação de sua privacidade.
PUBLICIDADE
A exposição dos dados de Haddad ocorre em um momento delicado para o Ministério da Fazenda, que recentemente enfrentou polêmicas após a Receita Federal anunciar uma instrução normativa ampliando a fiscalização de transações financeiras via Pix. A medida gerou críticas intensas, forçando a pasta a recuar e revogar a norma. Esse contexto intensificou os ataques direcionados ao ministro, incluindo a disseminação de fake news e deep fakes.
Um exemplo recente foi a circulação de um vídeo manipulado por inteligência artificial (IA), no qual Haddad aparece supostamente defendendo a criação de um “imposto do cachorrinho de estimação”. O material falso ganhou ampla repercussão nas redes sociais, gerando desinformação e mais críticas à sua gestão.
Diante da gravidade da situação, a Fazenda solicitou à PF providências imediatas para conter os impactos sobre a segurança pessoal de Haddad e mitigar eventuais danos causados pela disseminação de seus dados. “A proteção de dados pessoais é um direito fundamental, e é essencial combatermos práticas ilegais que possam comprometer a segurança de qualquer cidadão”, declarou um assessor próximo ao ministro.
PUBLICIDADE
A investigação também lança luz sobre um problema crescente no Brasil: o uso de tecnologias como a IA para a criação de conteúdos falsos com o objetivo de difamar figuras públicas e manipular a opinião pública. A Polícia Federal segue apurando os fatos para responsabilizar os envolvidos e evitar novos ataques desse tipo.