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Flávio Dino se pronuncia sobre reuniões da ‘Dama do tráfico amazonense’ no Ministério da Justiça e joga a culpa para secretário

Luciane Barbosa é casada com o traficante Tio Patinhas, líder do CV em Manaus, e se reuniu com quatro autoridades do Ministério da Justiça em Brasília.

  • Por AM POST

  • 13/11/2023 às 15:30

  • Atualizado em 13/11/2023 às 15:44

  • Leitura em cinco minutos

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se pronunciou nesta segunda-feira (13) sobre acusações de envolvimento com uma facção criminosa. Ele afirmou que não tinha conhecimento das reuniões que ocorreram entre seus secretários e Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por diversos crimes relacionados ao tráfico de drogas e é esposa do traficante Clemilson dos Santos Farias, também conhecido como Tio Patinhas, líder da facção criminosa Comando Vermelho em Manaus.

De acordo com o jornal Estadão, Luciane Barbosa Farias se reuniu com autoridades do Ministério da Justiça, incluindo o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz. Também estiveram presentes Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. As reuniões aconteceram nos meses de março e maio deste ano. Surpreendentemente, o nome de Luciane não constava nas agendas oficiais das autoridades.

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Após as revelações, Flávio Dino afirmou que não recebeu pessoalmente líderes de facção criminosa em seu gabinete. Ele colocou a responsabilidade pelas reuniões nas mãos do secretário Elias Vaz. Dino afirmou que Vaz explicou que a reunião aconteceu a pedido da ex-deputada estadual Janira Rocha, que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia do Rio de Janeiro. As demais pessoas presentes na reunião eram familiares de vítimas de homicídios.

Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete”, escreveu Flávio Dino no X (antigo Twitter).

Tio Patinhas está cumprindo uma pena de 31 anos de prisão por diversos crimes, incluindo assassinatos em Manaus. A inteligência da Polícia Civil considera-o extremamente perigoso.

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Repercussão política e investigações em curso

Após a publicação da reportagem, diversos parlamentares pediram que o ministro da Justiça seja convocado a prestar esclarecimentos. Alguns até mesmo sugeriram que ele seja investigado e até mesmo impichado devido ao seu suposto envolvimento com a facção criminosa. As investigações estão em curso para apurar se houve negligência por parte das autoridades presentes nas reuniões, bem como se o ministro tinha conhecimento dos encontros.

O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados em que pede a abertura de uma CPI que investigue o envolvimento de servidores do alto escalão do Ministério da Justiça e de outros detentores de cargos políticos com membros de facções criminosas.

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De acordo com a denúncia do parlamentar, a matéria realizada pelo Estadão aponta a existência de relações suspeitas entre membros do alto escalão do ministério e integrantes da facção criminosa e cita nominalmente os quatro servidores que participaram dos encontros.

Dama do tráfico e suas conexões políticas

Ministro nega envolvimento e atribui acusações a politicagem

Flávio Dino permanece negando veementemente qualquer envolvimento com a facção criminosa. Ele afirma nunca ter recebido líderes ou membros de facções em audiências no Ministério da Justiça. Dino alega que as acusações são resultado de uma “vil politicagem” e que a história verdadeira pode ser encontrada no Twitter do secretário Elias Vaz.

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“Sobre a audiência, em outro local, sem o meu conhecimento ou presença, vejam a história verdadeira no Twitter do Elias Vaz. Lendo lá, verificarão que não é o que estão dizendo por conta de vil politicagem”, escreveu ele na redes social.

O envolvimento de autoridades do Ministério da Justiça com uma facção criminosa é um escândalo que abala a confiança no sistema de segurança do país. Flávio Dino enfrentará um período de muita pressão política e investigações em curso que podem levar a consequências graves para sua carreira e reputação. A sociedade brasileira aguarda por respostas e esclarecimentos sobre esse caso delicado.

Redação AM POST*

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