O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse que a saída do juiz Sergio Moro da operação Lava Jato “foi positiva para o Brasil”.
A afirmação foi feita em entrevista ao programa Poder em Foco, do site Poder 360 em parceria com o SBT, exibida na noite de ontem.
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Para o ministro, a ida de Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública fez com que a operação saísse dos holofotes da mídia.
“Uma contribuição importante que o governo Bolsonaro deu ao sistema político institucional brasileiro foi ter tirado Moro da Lava Jato. Eu não sei se foi uma boa opção para o juiz Moro, inclusive do ponto de vista da suspeição, da imparcialidade”, declarou o ministro.
Gilmar ainda completou que “tirar Moro de Curitiba ajudou a normalizar a vida institucional”. “Eu até já disse que pode não ter até grandes talentos jurídicos o grupo da Lava Jato, mas tem um grande talendo de midiático, de marketing, o que é notório”, afirmou.
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O juiz voltou a ser assunto quando o ministro foi questionado sobre as chances de Moro assumir o lugar de Celso de Mello (que completa 75 anos em 2021, idade da aposentadoria compulsória no STF) no Supremo e sobre os vazamentos ligados à operação Lava Jato pelo site The Intercept.
Gilmar preferiu não opinar sobre uma eventual nomeação de Moro ao STF, mas disse não acreditar que o presidente Jair Bolsonaro nomeie um ministro “terrivelmente evangélico” como ele mesmo prometeu.
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Sobre os vazamentos, considerou o conteúdo “grave”. “Eu tenho a impressão de que havia um voluntarismo, um propósito – talvez até positivo – de combate à criminalidade. Eventualmente a qualquer preço”, disse o ministro.