A verba desviada da cota parlamentar pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL) pode chegar a R$ 842 mil. Gayer e 17 aliados foram alvo da Operação Discalculia, deflagrada nesta sexta-feira (25/10) pela Polícia Federal.
Os delitos investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
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Segundo a Polícia Federal, o deputado bolsonarista usava a cota parlamentar para pagar o aluguel de sua escola de inglês em Goiânia. O imóvel, que fica no bairro Setor Bueno, em Goiânia, também foi usado para o funcionamento da Loja Desfazueli, que está em nome do filho do parlamentar.
“A análise dos dados extraídos das mídias eletrônicas apreendidas revelou indícios de que o deputado federal Gustavo Gayer teria utilizado espaço físico (Rua T-38, nº 147, QD 116,LT 11, Setor Bueno, Goiânia/GO) alugado com verbas de cota parlamentar, supostamente destinado ao funcionamento de Gabinete Parlamentar, para a operação da empresa loja Desfazueli e da escola de inglês Gayer Language Institute”, diz trecho da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A investigação da PF também apontou que quatro assessores do deputado trabalhavam na loja Desfazueli. São eles: Joelson Pereira Martins, Bruno Amaral Machado, Amanda Oliveira Caixeta e Letícia Bruno de Araújo.
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O quarteto era pago com dinheiro da Câmara. Entre fevereiro de 2023 e setembro deste ano, eles receberam R$ 655,3 mil em salários e auxílios. Além disso, o deputado pagou R$ 24 mil para contratação da empresa Goiás Online Comunicações e Marketing Publicitário LTDA, de João Paulo de Sousa Cavalcante. A Polícia Federal identificou que a companhia foi contratada com objetivo de “burlar a vedação legal à sua contratação como assessor parlamentar, uma vez que não preencheria os requisitos exigidos”.