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Hamilton Mourão: ‘Nós juramos defender as instituições do país’

Vice se apresenta como ‘único assessor eleito’ de Jair Bolsonaro, garante compromisso com a democracia, defende privatizações e revela mágoa com Haddad

  • Por AM POST

  • 30/10/2018 às 11:21

  • Atualizado em 30/10/2018 às 13:11

  • Leitura em três minutos

Eleito vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) garantiu o comprometimento do novo governo com a democracia e a Constituição. Para isso, lembrou que, como militares, tanto ele quanto Bolsonaro tiveram de fazer juramentos ao ingressarem no Exército. “Nós juramos defender a honra, a integridade e as instituições desse país”, disse Mourão, em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!

“Nós não somos dois ditadores que chegaram para tomar o país”, afirmou, a respeito de críticas de que um governo de ambos poderia ser uma ameaça ao sistema democrático. O vice-presidente eleito manifestou preocupação com as reportagens de jornais estrangeiros, que os apresentam, em parte, sob esse aspecto.

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Ele defende um enfoque do Ministério das Relações Exteriores para desmentir essa versão e esclarecer dúvidas. Entre outras viagens, Mourão defende uma ida de Bolsonaro à China, país que o presidente eleito já criticou enquanto deputado federal por seu relacionamento comercial com o Brasil.

Sobre seu papel no novo governo, Mourão garantiu que não será “decorativo” e pretende atuar como um “assessor privilegiado”, consultado por Jair Bolsonaro para as principais decisões do governo. “Sou um assessor privilegiado e o único assessor eleito”, diz.

O general atribuiu a vitória da sua chapa pelo fato de Bolsonaro ter sabido, na sua visão, colocar a “prancha” na “onda” que estava se formando no país. “A nossa sociedade estava revoltada com o gasto e o desperdício de dinheiro público em obras inacabadas, com o excesso da corrupção e uma gestão absurdamente falha. Uma noção de quem estava no poder só estava pelo poder. E o político que soube, nessa onda, colocar a sua prancha na posição correta foi o Bolsonaro”.

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Hamilton Mourão defendeu a participação de militares no governo, desde que estes tenham expertise para as áreas que serão nomeados. Citou nominalmente os generais Augusto Heleno, já anunciado por Bolsonaro para o Ministério da Defesa, e Oswaldo Ferreira, cotado para a área de infraestrutura. No entanto, o vice-presidente eleito afirma ser essencial que se combata a todo custo a politização dos quartéis, que devem seguir afastados de qualquer discussão política. “Quando a política entra pela porta da frente, a disciplina e hierarquia saem pela porta de trás.”

O general se apresentou como um liberal na economia, defendendo a adoção de um amplo programa de privatizações, que apenas não considere a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Neste ponto, ele afirmou divergir de Bolsonaro, considerando possível a privatização da Eletrobras, já criticada pelo presidente eleito.

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Venezuela

Para o vice-presidente eleito, o Brasil não poderá cogitar uma ação militar na Venezuela, pelo princípio de não interferir na política de outros países. “Nossa política trata, tradicionalmente, da não ingerência em assuntos internos de outros países, assim como nós também não aceitamos ingerência nos nossos assuntos internos”, disse.

Fonte: Veja

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