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Jean Wyllys quer Lula fora da disputa pela presidência da República em 2026 e defende candidatura de Simone Tebet: “hora do PT sair”

Para o ex-deputado, a figura de Lula já não tem mais a força para vencer outra eleição, apenas para ser cabo eleitoral.

  • Por AM POST

  • 27/05/2024 às 21:18

  • Atualizado em 27/05/2024 às 21:19

  • Leitura em três minutos

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) fez uma declaração polêmica na última sexta-feira (24), durante sua participação no podcast ‘Futeboteco’. Wyllys defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não dispute a reeleição em 2026 e, em vez disso, atue como cabo eleitoral da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Para o ex-parlamentar, é hora de o PT ceder espaço e permitir que novas lideranças assumam o protagonismo político.

“Eu acho que Lula não deveria se candidatar em 2026. Já deu. A figura dele já não tem mais a força. Acho que Lula pode ser cabo eleitoral, mas também não precisa ser o Haddad, que não tem essa popularidade”, afirmou Wyllys, referindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também é cotado como um possível sucessor de Lula dentro do PT.

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A proposta de Wyllys é ousada: ele sugere que o PT apoie uma chapa encabeçada por Simone Tebet, tendo como vice-presidente o atual ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida. Segundo ele, essa combinação poderia trazer uma nova dinâmica à política brasileira, ao unir diferentes espectros e prioridades sociais.

“Acho que era a hora do PT sair desse protagonismo e ir para a retaguarda, apostar no nome de Simone Tebet como candidata de cabeça de chapa e colocar Sílvio Almeida como vice. Simone Tebet tem um diálogo com a centro-direita, com as classes dominantes. Ela é ruralista, mas ela é uma mulher. O PT vai tá com ela e tem Sílvio que representa a luta contra o racismo”, explicou Wyllys.

A escolha de Tebet não é aleatória. Nas eleições de 2022, a ex-senadora pelo MDB concorreu à Presidência e obteve 4,16% dos votos, ficando em terceiro lugar. No segundo turno, declarou apoio a Lula, contribuindo para a sua vitória. Após a eleição, Tebet foi uma figura-chave na equipe de transição e assumiu o Ministério do Planejamento, onde vem desempenhando um papel estratégico no governo.

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A sugestão de Wyllys reflete uma visão de que a política brasileira precisa de renovação e de uma abordagem mais inclusiva.

A reação às declarações de Wyllys ainda está se desenrolando. Dentro do PT, o nome de Lula ainda é visto como um bastião de força e unidade, e a ideia de não lançá-lo à reeleição pode encontrar resistência. Fernando Haddad, apesar das críticas de Wyllys, também é considerado um forte candidato para a esquerda.

Por outro lado, a proposta de uma chapa com Tebet e Almeida pode atrair setores do eleitorado que buscam uma alternativa ao tradicional protagonismo do PT e do PSDB, que dominaram a política nacional nas últimas décadas.

As eleições de 2026 ainda estão distantes, e muita coisa pode mudar até lá. Contudo, as declarações de Jean Wyllys abrem um debate importante sobre o futuro da liderança política no Brasil e o papel do PT nesse contexto.

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