Folhapress
O juiz federal Danilo Pereira Júnior, que expediu o alvará de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhece bem as duas fases do processo inaugurado com o mensalão, que levou à prisão políticos e empresários: o julgamento e o cumprimento da pena.
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Ele foi juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do mensalão (Lula não foi denunciado na ação penal do mensalão).
Como afirma a Folha de S.Paulo em editorial neste sábado (9), sob o título Retrocesso penal, o STF foi protagonista ao julgar com rigor os desmandos revelados no mensalão e ao favorecer a aplicação de instrumentos que ajudaram a recuperar bilhões roubados dos cofres públicos e a condenar figuras que muitos pensavam imunes à corrupção.
No exercício do cargo de juiz de execução, Danilo Pereira Júnior cumpre decisão do STF, que, ainda segundo o jornal, reverteu o instituto que ajudou a mudar a percepção sobre o alcance da lei.
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O magistrado é respeitado pelos colegas, tem grande experiência em matéria de execução penal, área em que sempre atuou. Foi juiz do presídio federal de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná.
No STF, ele atuou na mesma época em que o ministro da Justiça Sergio Moro, especializado em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, foi convocado pela ministra Rosa Weber para auxiliá-la no Supremo.
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Dias Toffoli teve a seu lado no gabinete durante o julgamento do mensalão o então juiz e hoje desembargador Carlos Vieira von Adamek, atual secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça.
Na gestão da ministra Cármen Lúcia no CNJ, o cargo hoje ocupado por Adamek foi exercido pelo juiz criminal Júlio Ferreira de Andrade, de Minas Gerais. Andrade foi juiz auxiliar da ministra no julgamento do mensalão.
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O juiz federal João Carlos Costa Mayer Soares, de Minas, ajudou Ayres Britto. O juiz Leonardo de Farias Duarte, do Pará, auxiliou Joaquim Barbosa.