María Corina Machado, uma das principais vozes da oposição ao regime de Nicolás Maduro, foi libertada nesta quinta-feira (9) após ser detida ao sair de uma manifestação na região de Chacao, nos arredores da capital venezuelana. A informação foi confirmada por representantes da oposição.
A líder da oposição fez sua primeira aparição pública em cinco meses durante o ato, onde discursou para uma multidão de manifestantes que exigiam mudanças políticas no país. O protesto, pacífico até então, terminou de forma tensa quando, segundo relatos do partido de Machado, membros do regime chavista atacaram motos que transportavam a líder oposicionista.
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Testemunhas relataram que tiros foram disparados durante o incidente. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), a oposição denunciou que María Corina foi derrubada da moto em que estava e levada à força por agentes ligados ao governo de Maduro.
De acordo com as informações divulgadas, a líder foi obrigada a gravar vídeos enquanto estava sob custódia, mas detalhes sobre o conteúdo dessas gravações ainda não foram revelados. Após algumas horas, María Corina foi liberada.
O incidente gerou reações imediatas da comunidade internacional e reforçou as tensões no já conturbado cenário político venezuelano. Líderes oposicionistas e grupos de direitos humanos condenaram a detenção, apontando para a escalada de repressão contra figuras de oposição no país.
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A oposição usou as redes sociais para divulgar a situação e alertar sobre os riscos enfrentados por seus líderes. “Hoje, #9Jan, ao sair da concentração em Chacao, Caracas, María Corina Machado (@MariaCorinaYA) foi interceptada e derrubada da moto em que estava se deslocando. Durante o incidente, armas de fogo foram disparadas. Ela foi levada à força. Durante o período de seu sequestro, foi obrigada a gravar vários vídeos e, em seguida, foi liberada”, declarou o partido em nota.
Apesar da libertação, o episódio ilustra a instabilidade e os desafios enfrentados por figuras de oposição na Venezuela, um país mergulhado em crises política e econômica. María Corina ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido, mas sua aparição no protesto sinaliza a disposição de continuar desafiando o regime de Nicolás Maduro.