- Foto: Marcelo Camargo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou em entrevista ao jornal O Globo que após os ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de Janeiro, três planos foram elaborados para lidar com ele, incluindo a possibilidade de prisão seguida de enforcamento na Praça dos Três Poderes.
“O terceiro [plano] defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, afirmou Moraes.
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Os outros dois planos envolviam a prisão pelas Forças Especiais do Exército, sendo levado para Goiânia (GO), ou um homicídio, com o possível descarte do corpo no caminho para Goiânia. Moraes ressaltou que há um inquérito em andamento para investigar o planejamento dessas atividades, possivelmente envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O ministro destacou que sua segurança permanece a mesma desde que assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em 2014, mas ressaltou o aumento na proteção de sua família. Além disso, reiterou a necessidade de regulamentação das redes sociais.
Ao relembrar os eventos de 8 de Janeiro, Moraes, que estava em Paris na época, considerou um erro permitir que manifestantes permanecessem em frente aos quartéis. Ele enfatizou que o ato foi o ápice do movimento que buscava reverter o resultado legítimo das urnas, ressaltando a importância de não ter sido decretada a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) naquele momento.
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Moraes argumentou que os participantes dos ataques tinham o plano de invadir o Congresso e convencer os militares pelo golpe, e a não decretação da GLO evitou uma possível confusão maior.