Agentes da Polícia Federal (PF) encontraram um documento no escritório do advogado Fabio Wajngarten, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro, na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília. O documento, que anuncia a decretação de estado de sítio e operação de garantia da lei e da ordem no Brasil, levantou especulações e preocupações sobre seu propósito e autenticidade.
Wajngarten, conhecido por sua ligação estreita com Bolsonaro e por ter ocupado o cargo de chefe da Secretaria de Comunicação Social durante o governo do ex-presidente, rapidamente se manifestou nas redes sociais, negando qualquer ligação entre o documento encontrado e as posições políticas de Bolsonaro. Em uma postagem no X (antigo Twitter), ele afirmou que o documento é apócrifo e que não condiz com as tradicionais falas do ex-presidente.
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“Tal documento apócrifo em tese é encontrado na sede do partido. Padrão do documento não condiz com as tradicionais e reconhecidas falas e frases do presidente”, escreveu Wajngarten, tentando distanciar Bolsonaro das especulações sobre o conteúdo do documento.
O documento em questão levantou ainda mais polêmica devido às recentes alegações de uma suposta tentativa de golpe de Estado para anular a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A PF deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (8/2), cumprindo 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, incluindo ex-ministros e ex-assessores de Bolsonaro.
A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou o clima político já tenso no país. Enquanto isso, Wajngarten continua firme em sua posição, reiterando que o documento encontrado não reflete as convicções políticas de Bolsonaro e sugerindo que há uma tentativa de envolver o ex-presidente em um cenário político que ele nunca teria apoiado.