O Partido Liberal (PL) declarou oficialmente seu apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado Federal, com o anúncio feito pelo líder do partido no Senado, Rogério Marinho. Alcolumbre, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), é visto como o principal candidato na disputa para substituir Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O movimento fortalece a base de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro dentro do Senado.
Alcolumbre, que já presidiu o Senado de 2019 a 2021, busca retomar o cargo com o respaldo do PL e de outros partidos da Bancada da Vanguarda, composta por PL, Novo, PP e Republicanos. Bolsonaro esteve reunido com os senadores do PL nesta quarta-feira (30), na sede da Bancada da Vanguarda, para discutir estratégias de apoio a Alcolumbre e garantir uma sucessão alinhada aos interesses de seu grupo político. O ex-presidente vê na candidatura de Alcolumbre uma oportunidade de consolidar maior influência sobre o Senado e, com isso, reforçar seu papel na agenda conservadora e nos debates que serão cruciais para os próximos anos.
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Apesar desse apoio robusto, a decisão do PL causou divisões dentro do partido. O senador Marcos Pontes (PL-SP), também do Partido Liberal, anunciou sua própria candidatura à presidência do Senado na terça-feira, dia 29. Pontes, conhecido por defender pautas alinhadas ao bolsonarismo, vê na disputa uma chance de representar diretamente as bases eleitorais conservadoras, embora não conte com o apoio formal de seu partido, que optou por Alcolumbre como o nome principal.
O cenário de apoio a Alcolumbre reflete uma tentativa de alinhamento estratégico para ampliar a atuação conservadora no Senado, especialmente em pautas como segurança pública, economia e reformas estruturais. Analistas políticos apontam que o apoio do PL a Alcolumbre pode ser visto como uma tática para evitar confrontos diretos com partidos mais centristas ou de oposição, garantindo maior governabilidade e influenciando os rumos legislativos no país.
A eleição para escolha do próximo presidente do Senado Federal deve ocorrer apenas em fevereiro, mas as movimentações a respeito do assunto já começaram. Para chegar ao cargo de presidente do Senado, o candidato precisa reunir ao menos 41 votos, ou seja, maioria absoluta.