Após a sede do Partido Liberal (PL) ser alvo da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF) e um documento golpista ser encontrado no escritório de Jair Bolsonaro, a cúpula do partido se encontra preocupada com o desenrolar das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Há um temor crescente de que o caso do suposto planejamento de golpe de Jair Bolsonaro possa chegar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levando o partido a ser punido de alguma forma.
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No dia 8 de fevereiro, o senador Humberto Costa (PT-PE) solicitou à Procuradoria-Geral da República que o PL seja investigado. Segundo relatório da Polícia Federal (PF), a sigla teria sido alvo de uma “instrumentalização” durante as eleições de 2022 para financiar uma estrutura de apoio à invalidação da vitória de Lula (PT) e um suposto golpe de Estado destinado a manter Bolsonaro no poder.
Diante desse cenário, a cúpula do partido está apreensiva com a possibilidade de não poder disputar as eleições de 2024. No entanto, há uma ponderação de que processos como esse geralmente demandam mais tempo do que os oito meses restantes até o dia da votação. Além disso, o Supremo Tribunal Federal ainda não concluiu o inquérito em questão.
Agentes da Polícia Federal afirmam acreditar que a investigação “provavelmente se estenderá para além deste ano”, deixando o cenário eleitoral ainda mais incerto para o PL.