A posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato como presidente da Venezuela foi qualificada como um “golpe de Estado” pela oposição, que reivindica a vitória do exilado Edmundo González Urrutia nas eleições de 28 de julho. A principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, emitiu um comunicado afirmando que a usurpação do poder por Maduro foi apoiada pela força brutal e desconheceu a soberania popular expressa nas eleições.
González Urrutia, que foi embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia, é considerado o legítimo presidente eleito da Venezuela pela Plataforma Unitária, com 67% dos votos. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro reeleito com 51,20% dos votos.
PUBLICIDADE
A oposição anunciou que agora começa uma nova fase na luta pela democracia, com González Urrutia como líder. O exilado venezuelano já havia pedido ação dos militares contra Maduro em um vídeo divulgado durante uma viagem aos Estados Unidos.²
Vários países, incluindo Peru, Argentina, Costa Rica, Equador, Panamá e Uruguai, reconheceram González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, também declarou que González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais.
A posse de Maduro ocorre em meio a uma crise política sem precedentes na Venezuela. A oposição promete lutar pela posse de González Urrutia, enquanto Maduro busca consolidar seu poder. O futuro do país permanece incerto.