Mais cedo o senador falou que faltava o governo fazer um “ajuste fino” para que a reforma da Previdência conseguisse os votos necessários para sua aprovação.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), descartou nesta segunda-feira dar andamento a pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes até que seja aprovada a reforma da Previdência. Em São Paulo, o senador disse que a pauta está fora do “radar” do Senado.
— Eu confesso que neste momento nossa prioridade está voltada para a reforma da Previdência. Esse (pedido de impeachment) é um tema que não está no radar hoje — afirmou Alcolumbre.
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A ofensiva mais recente contra o ministro do STF é de autoria do advogado Modesto Carvalhosa, apoiado pelo líder do PSL no Senado, major Olímpio. O pedido se juntou a outros que estão parados na secretaria da Mesa Diretora do Senado e que pedem o impedimento de magistrados da Corte superior.
Para Alcolumbre, uma crise institucional “não fará bem ao Brasil” e não terá seu apoio. O senador esteve reunido nesta tarde com o governador de São Paulo, João Doria, para falar sobre a articulação do tucano na busca de votos para a reforma da Previdência.
A indisposição de parte do Congresso em debater a reforma da Previdência foi traduzida nesta tarde por Alcolumbre como um gesto de quem quer se sentir “parte do governo”. Ele disse que parlamentares esperam do governo acenos para suas bases eleitorais em troca de votos para aprovar o texto.
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— Os senadores têm interesse em aprovar a reforma. Essa não é uma reforma de Bolsonaro, mas para salvar o país. Mas naturalmente os senadores querem se achar parte desse processo. Nas bases eleitorais eles são cobrados de compromissos assumidos. É uma estrada, uma ponte, uma ferrovia, um aeroporto, obras importantes para alguns estados os parlamentares querem fazer parte.