- Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 nesta terça-feira (2), trazendo consigo alguns vetos que geraram controvérsias. A LDO, aprovada pelo Congresso em 19 de dezembro, define as orientações para a elaboração do Orçamento do próximo ano e estabelece parâmetros cruciais para a alocação de recursos, visando a realização das metas previstas no Plano Plurianual (PPA).
Uma das diretrizes mais impactantes é a meta de déficit primário zero para 2024, o que significa que os gastos federais não podem ultrapassar a arrecadação com tributos e outras fontes. Para atingir essa meta fiscal, o governo precisará angariar R$ 168 bilhões em receitas extras durante o ano.
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Além disso, a LDO estipula um teto de R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral, destinado ao financiamento das eleições municipais de 2024. Esta decisão ocorre em meio a debates sobre o financiamento público de campanhas e a busca por maior transparência no uso desses recursos.
A votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) ocorreu em 22 de dezembro, aprovando despesas de R$ 5,5 trilhões para o ano fiscal. A aprovação do orçamento é uma das últimas atividades legislativas antes do recesso parlamentar.
No entanto, alguns vetos presidenciais geraram reações. Um dos pontos veto foi em relação às regras para a destinação de emendas parlamentares, com a supressão de trechos do calendário para a distribuição de emendas impositivas, tornando o pagamento obrigatório. Lula justificou os vetos alegando que esses dispositivos ultrapassam a finalidade da LDO e infringem a Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Outro veto polêmico foi à emenda apresentada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que proíbe despesas relacionadas à invasão de propriedades rurais, cirurgias de troca de sexo em crianças, entre outros temas. O presidente considerou que a emenda geraria forte insegurança jurídica e não estava alinhada com o propósito da LDO.
O texto da LDO aprovado também previa a destinação de recursos para o Ministério do Meio Ambiente executar ações relacionadas ao bem-estar animal, castração e atenção veterinária, o que foi vetado por ser considerado estranho ao escopo da LDO.
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A sanção da LDO de 2024 pelo presidente Lula estabelece as diretrizes para o próximo ano, mas os vetos geram debates sobre as escolhas e prioridades do governo.